Por:

Cinco anos da chegada da covid-19

Em 26 de fevereiro de 2020, o Brasil confirmava seu primeiro caso de Covid-19. Um homem de 61 anos, vindo da Itália, foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein, onde os profissionais de saúde já estavam em alerta para a chegada do vírus. A suspeita foi imediata, e o teste PCR confirmou o que o mundo já temia: a pandemia atravessara o oceano.

Cinco anos depois, a Covid-19 deixou marcas irreversíveis. Perdas humanas, traumas psicológicos e sequelas físicas são apenas algumas das cicatrizes dessa tragédia. O Brasil, que enfrentou um dos cenários mais dramáticos do mundo, viu o sistema de saúde colapsar, profissionais exaustos lutarem sem tréguas e a sociedade dividir-se entre negacionismo e esperança na ciência.

Se há algo que a pandemia nos ensinou, é que estar preparado para o inesperado não é opção, mas necessidade. O Sistema Único de Saúde (SUS), que salvou milhões de vidas, precisa ser fortalecido continuamente, não apenas em momentos de crise. O investimento em pesquisa e na formação de profissionais de saúde deve ser permanente, e não reativo.

Outro ponto importante é a vacinação. Se o Brasil teve uma chance de conter os estragos da pandemia, foi graças à vacina. No entanto, a desinformação e a politização da imunização custaram vidas. Não podemos cometer o mesmo erro. Campanhas educativas são essenciais para garantir que a população compreenda a importância da prevenção.

Medidas emergenciais também devem estar no centro do debate. Planos de contingência, estoques de insumos médicos, estruturas hospitalares adaptáveis e protocolos bem definidos podem fazer a diferença entre caos e controle.