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Imposto de renda no radar de todos

Foi dada a largada para resolvermos as contas com o Leão. Ou no bom linguajar, hora de iniciarmos as declarações do Imposto de Renda.

Enquanto o governo busca uma forma de fazer promessa de campanha, os cidadãos vão correndo em bancos, médicos e estudos para conseguir o máximo possível de recibos para terem isenções e, quem sabe, receberem dinheiro da Receita.

Todo ano a correria é a mesma, mas, para quem faz tudo bonitinho ao longo do período, nem se estressa muito. Só espera os e-mails dos bancos chegarem para poderem fazer o download dos arquivos e fazer a declaração harmonicamente.

Combinar com inquilino é fundamental para não cair na malha fina, assim como respeitar todos os contratos de compra evenda que assinou no ano passado. Bem como os recebimentos de lucros e dividendos de ações de empresas.

Esse tema, aliás, pode dar dor de cabeça para Planalto e Congresso, com o projeto de lei de isenção para quem ganha até R$ 5 mil de não pagar imposto de renda, pois, a contrapartida, é tributar exatamente os ganhos dos acionistas. Já pensou se você espera esse dinheiro para pagar uma dívida e o Leão o abocanha, deixando você na míngua? Essa será a próxima batalha a ser enfrentada no Parlamento.

Tirando isso de lado, chagou a vez dos contadores serem lembrados e das universidades usarem seus estudantes para fazerem o trabalho voluntário de ajudar cidadãos nas declarações. Quem tem alguém na família que saiba fazer isso, pode se sentir um privilegiado.

Enquanto o primeiro dia é sempre uma correria, para entrar logo na fila e ganhar mais rápido possível a restituição, quem fica por último não está muito preocupado, pois quer é não deixar para entregar a documentação nos badalos da meia noite e pagar multas, que podem ser leves ou até 20% o valor do imposto.

Até maio, esse será um dos assuntos das mesas de família nos almoços e jantares. Isso se o Congresso não resolver acelerar o projeto da isenção. Todavia, parece que vão empurrar isso para o fim do ano, para não dar muita canja para o governo em ano eleitoral.