Das asas à imaginação para o picadeiro da fortuna. Quem não sabes o que diz, nunca saberá o que reina em seus pensamentos. Eis que a condição para a fábula dos conflitos de hoje, sejam a solução para outrora. Contudo, nada se solidifique como a água que translucida na fonte, assim como o gelo que se endurece no mar de lama e de fome.
Um início poético e rebuscado, para apenas dizer como muitas palavras bonitas podem nos dizer absolutamente nada. E assim que muitos acham que se sobressaem em relação aos outros.
Saber usar a inteligência é uma coisa sábia, não uma dádiva. O problema é quando vem a soberba, que faz o homem ser melhor do que o outro, e não ingual, ou mesmo a inveja, que nos faz ter aquilo que o outro tem, com todas as consequências que possam passar e enfrentar.
O que muitos não sabem é como dosar todo o poço de cultura para ganhar e não para se sentir o melhor e o mais culto. De nada adianta saber muito, se não utiliza todo o conhecimento ao seu favor.
Usar palavras bonitas pode parecer mais que você não sabe o que diz do que mostrar que tem conhecimento, cultura e leitura.
Assim, prestar mais atenção na dialética é o primeiro passo para saber que o público está de acordo ou não e se sua audiência está entendendo a mensagem que deseja passar. Afinal, o primeiro passo para uma boa comunicação é saber como usar as palavras no momento certo e na hora conveniente a ela. Caso contrário, não ganhará o que deseja e pode sair frustrado da situação.
Sendo assim, pense bem antes de agir, pois a dualidade entre razão e emoção pode não nos dar uma saída, e sim fazer cair em armadilha — e daqueles onde tentar se desvincilhar pode ser pior e machucar mais.
*Jornalista e historiador