É incrível como podemos acreditar que estamos numa sociedade, mas, ao mesmo tempo, estamos vivendo em bolhas. Parece que cada local é diferente, cada cidade, cada bairro, cada rua. Até mesmo condomínios e vizinhos vivem em mundos, que achamos não ser diferente do nosso, que que estamos no mesmo ambiente. Mas podem ser. E isso acontece pela relação das pessoas.
Uns podem se sentir mais flexíveis e abertos com algumas pessoas do que com outras, mas não podemos levar isso para o lado pessoal, para não ficarmos doentios. O diálogo precisa reinar e estabelecer a relação mútua.
As vezes, ficar na bolha pode ser confortável, pois nela está o seu mundo. Por outro lado, conseguir furar essa barreira e enfrentar o medo pode ser algo bom, até mesmo para o seu crescimento.
A nossa mente pode ser muito boa, mas, ao mesmo tempo, pode ser terrível. Ela pode nos dar sabedoria, mas também pregar peças e nos dar tristeza. Levar as coisas para o pessoal, para o coração pode não ser a melhor solução, mas as pôr à mesa, para ditar os ritmos, pode ser uma saída para ficar bem de vida.
Falar e desabafar é uma alternativa para aliviar os problemas, mas que isso seja com pessoas íntimas e que confia, pois, um passo errado pode fazer voltar para a bolha, e nunca mais sair dela.
*Jornalista e historiador