O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, que foi celebrado no 26 de abril, precisa ser mais do que uma data simbólica no calendário. Trata-se de uma oportunidade fundamental para repensarmos a forma como a sociedade brasileira encara a educação para a saúde — ou melhor, a falta dela. Em maio, no dia 17, o tema volta à tona com o Dia Mundial da Hipertensão, reforçando o alerta para uma doença silenciosa que afeta cerca de 25% da população nacional e que, infelizmente, ainda é subestimada.
A hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, é muito mais do que números elevados em um aparelho de aferição. É um fator de risco direto para infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs), comprometendo vidas e gerando impactos profundos em famílias e no sistema de saúde pública. Diante de um cenário tão grave, não podemos nos dar ao luxo de tratar a prevenção como um detalhe.
Promover bons hábitos de vida é essencial, mas para isso precisamos ir além das campanhas pontuais. É urgente investir em uma educação alimentar e física que comece desde a infância, dentro das escolas, e que se estenda para a formação de adultos mais conscientes sobre suas escolhas diárias. Alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas, controle do peso, redução do consumo de sal, álcool e abandono do cigarro não podem ser apresentados como meros conselhos: são verdadeiras ferramentas de cidadania e preservação da vida.
A sociedade precisa falar mais, sem medo, sobre saúde preventiva. Normalizar o diálogo sobre práticas saudáveis é um passo necessário para romper o ciclo de doenças crônicas que assolam milhões.