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O pífio chororô pela camisa do Brasil

Desde que o site FootyHeadlines, famoso por vazar camisas de futebol, vazou a informação de que a Seleção Brasileira deixaria a camisa azul de lado e adotaria uma camisa vermelha como segundo uniforma na Copa do Mundo FIFA 2026, que será disputada no México, EUA e Canadá, criou-se uma falsa comoção recheada de hipocrisia em defesa da bela camisa azul.

Toda Copa do Mundo é a mesma coisa. Basta o Brasil cogitar jogar de azul que os torcedores mais supersticiosos dizem que o uniforme azul é 'zikado'. Todo mundo já ouviu essa baboseira. Aí, agora que anunciam algo diferente, já se fala que é uma mudança absurda. O Deputado federal Zé Trovão (PL/SC), inclusive, apresentou - pasme - um projeto de lei para tentar impedir que a CBF utilize a tal camisa. Como se faltassem pautas de verdade para serem discutidas em Brasília, não é mesmo?

Dito isso, como será que esse pessoal reagiria em 1954, quando o Correio da Manhã promoveu o concurso para anunciar o novo uniforme da Seleção Brasileira, que aposentou o branco e azul, adotando o verde e amarelo? Como eles reagiram em 2019, quando a Nike abriu mão do uniforme azul, trazendo de volta a camisa branca? Ali não teve essa choradeira besta.

Para quem diz que vermelho não tem nada a ver com o Brasil, falta conhecimento histórico. O nome 'Brasil' deriva da palavra celta 'Barkino' e foi dado por significar 'vermelho como brasa'. O nome veio quando os portugueses se encantaram justamente com o tingimento vermelho do pau-brasil.

Enfim, o que vai definir a aceitação da camisa vermelha são apenas duas coisas: bola na rede e a taça voltando para cá.