*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã
Senadores Eduardo Girão e Marco Rogério fazendo CPI virar uma CPI de verdade
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia teve um de seus dias mais bizarros ao expor a forma que a CPI tem sido usada para atingir fins mesquinhos por alguns parlamentares
Senadores Eduardo Girão e Marco Rogério fazendo CPI virar uma CPI de verdade
Por Cláudio Magnavita*
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia teve um de seus dias mais bizarros ao expor a forma que a CPI tem sido usada para atingir fins mesquinhos por alguns parlamentares.
Um jovem parlamentar amazonense, Fausto Jr, relator da CPI da Assembleia estadual, foi convocado como testemunha. Com apenas 28 anos, ele manteve a calma e confrontou o presidente Omar Aziz, que antes de ser eleito senador era governador do Amazonas.
O descontrole de Aziz em fazer um varejinho na política local e a mania de Renan Calheiros de focar exclusivamente em procurar o dolo do Governo apequenaram a oitiva até a entrada dos senadores que formam a base do Governo. A CPI cresceu com as perguntas dos senadores Eduardo Girão e Marco Rogério. Foi nesse momento que a CPI virou CPI de verdade, com os senadores perguntando e deixando os depoentes responderem. Aziz e Calheiros, junto com Radolfe, desenvolveram o péssimo hábito de perguntar e responder.
Nesta fase, com as revelações do deputado Fausto Jr, ficaram claros os absurdos cometidos nos estados. Diferente do Rio, que fez o seu dever de casa, defenestrando Wilson Witzel, Wilson Lima conseguiu se manter no poder e ainda não foi julgado pelo STJ.
Ficou clara a necessidade de a CPI mergulhar nos estados e especialmente no Consórcio Nordeste, palco de um mar de lama.