Por:

A superioridade que eles acham que têm

É bizarro como algumas pessoas, ou muitas delas, se acham superiores ou com liberdades maiores que outras por seguir uma determinada religião. O caso da cantora gospel que passou por cima de recomendações de comissários de bordo durante um voo só nos comprova as superioridades que determinados religiosos acreditam que tenham.

Não é porque você é cantor(a) e tem uma grande popularidade em seu país de origem que te torna livre para cantar e falar alto durante um voo doméstico, em que pessoas pagaram pelo serviço e não são obrigadas a serem incomodadas por tal fato. Um comissário de bordo se irritou e ameaçou expulsar a cantora que não parava de cantar durante o voo. Segundo ela, precisava cantar porque "Deus pediu". Ainda bem que neste momento existe a internet que, após ela mesma compartilhar todo o acontecido em suas redes sociais, recebeu uma chuva de críticas pelos internautas. "Ninguém quer ouvir você cantar alto em um voo público. Rude e egocêntrico", apontou o internauta. "Da próxima vez, você deveria comprar um jato particular para poder cantar sozinha e tão alto!", criticou mais um usuário.

Tal fato acontecido nesta semana somente nos comprova que esse tipo de religioso existe em todos os lugares. No Brasil, por exemplo, quase todos os dias passageiros, principalmente de trens e metrôs, acabam sendo incomodados com pessoas querendo induzi-los que a sua religião é a correta. Quando também acabam criticando as demais, sem nenhum pudor.

O que essas pessoas esquecem é que vivemos em um Estado Laico e isso também pode ser enquadrado como intolerância, dependendo do teor da fala ou testemunho em local público. Imaginem se um pai de santo começasse a cantar pontos de religiões afro-brasileiras nesses mesmos lugares, o tanto que seria criticado... Agora, ele tem que escutar palavras quase de 'ódio' e calado?

Isso vale como um alerta para as autoridades dos transportes públicos, para que impeçam, como fazem com os ambulantes, essa prática totalmente desrespeitosa.

Utilizam trens como se fossem altares de igrejas, 'achando' que os passageiros ali presentes são os fiéis presentes nas cerimônias. Um tanto quanto egoísta essa atitude, não?

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.