Por Catia Seabra/ Folhapress
Três dias depois de o ministro Paulo Guedes (Economia) chamar os servidores de parasitas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a concentração de renda muito grande na elite do funcionalismo público impede que se atenda às demandas da população.
Sem citar a polêmica declaração de Guedes, ele disse, porém, ser possível convencer a população da necessidade das reformas, sem uso de termos pejorativos.
"Todos serviços públicos têm que ser tratados com muito respeito, e o uso de termos pejorativos nos atrapalham no debate, mas há uma concentração de renda [com] que a população não concorda mais", disse Maia.
Ao participar de café da manhã promovido pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio), Maia afirmou ser correto que as novas regras se apliquem apenas aos futuros servidores. Ainda que crie conflitos, disse, permite a concentração de esforços na aprovação da reforma tributária.
Ele defendeu a adoção do Orçamento impositivo, afirmando que aumenta a responsabilidade do Parlamento na apresentação de emendas destinadas às bases eleitorais.
Atualmente, vigora o chamado Orçamento autorizado. Nem toda despesa autorizada obrigatoriamente vai ser efetivamente gasta. A adoção do Orçamento impositivo vai tornar obrigatório executar todo o Orçamento aprovado pelo Congresso.