Por: Gabriela Gallo

Lewandoski deve ser oficializado ministro esta semana

Ricardo Capelli aguarda a definição de seu destino | Foto: Tom Costa/MJSP

Como adiantou o Correio da Manhã ainda em novembro do ano passado, o ex-ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski deverá ser o novo ministro da Justiça. A expectativa é que Lewandowski seja oficialmente anunciado ainda esta semana. Na terça-feira (9), segundo informação do jornal Estadão, o Palácio do Planalto informou aos ministros da Suprema Corte que Lewandowski ocupará a vaga. A previsão é que a nomeação seja publicada no Diário Oficial da União (DOU) até o fim desta semana.

Ricardo Lewandowski é um nome de confiança de Lula e foi cotado antes mesmo da indicação de Flávio Dino ser aprovada no plenário do Senado. Inicialmente, especulava-se uma possível separação para um Ministério da Justiça e outro da Segurança Pública. Esse era o desejo inicial de Lewandowski. No entanto, com a evolução das conversas, o ex-ministro do Supremo aceitu a manutenção da pasta no seu atual formato.

Cappelli

Nesta segunda-feira (08), Lula e Lewandowski se reuniram para negociar os principais pontos para o novo ministro assumir o posto. E o principal ponto polêmico, que ainda não foi decidido, se refere ao segundo escalão do Ministério. Lewandowski quer autonomia para escolher uma pessoa de confiança para assumir o posto de secretário-executivo do Ministério, enquanto Lula tem interesse em manter Ricardo Cappelli como o número dois da pasta. Cappelli foi o interventor federal de Segurança Pública no Distrito Federal após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Atualmente, ele que está conduzindo o Ministério enquanto Dino está de férias.

Lewandoski já anunciou que irá manter o atual diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Augusto Passos Rodrigues, e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, em seus respectivos cargos. Mas não há definição sobre o destino de Capelli.

Ricardo Cappelli e Flávio Dino são filiados ao PSB. Desde que Dino assumiu o ministério, o partido permaneceu presente na pasta, com Cappelli e também com o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e o secretário de assuntos legislativos da pasta, Elias Vaz. Porém, em entrevista ao site Congresso Em Foco, o líder do PSB na Câmara dos Deputados, deputado Gervásio Maia (PB), negou a possibilidade de atrito entre o partido e o governo federal caso a equipe do segundo escalão seja substituída.

Questionado pelo Correio, Ricardo Cappelli comentou que ainda não foi comunicado sobre eventuais mudanças ou se permanecerá no cargo. A assessoria de comunicação do PSB também informou à reportagem que ainda não tem confirmações do presidente Lula.

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