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Renan Calheiros questiona o funcionamento da Abin

Para Renan, tem de mudar o modelo de "bisbilhotice" | Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Se não irá pedir uma CPI no Senado, Renan quer, porém, reavaliar o funcionamento da Abin e a sua utilidade no atual modelo. Renan, que preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), vai assumir em fevereiro a Comissão Mista de Atividades de Inteligência, da qual Ramagem também é integrante. Para Renan, que já foi ministro da Justiça, o Brasil nunca teve de fato um órgão de inteligência, mas apenas de "arapongagem política", em muito herança da forma como atuava o antigo Serviço Nacional de Inteligência (SNI) na ditadura. Ano passado, ele já tinha enviado questionamentos, pela CRE, sobre a atuação da Abin.

 

Inquérito

Renan pretende requisitar a íntegra do inquérito que levou à autorização, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), da ação contra Ramagem na semana passada. Que se desdobrou na segunda-feira em uma ação contra Carlos Bolsonaro.

Política

Pelo lado da oposição, intensifica-se o discurso de instrumentalização política da investigação. Mas em Brasília ninguém espera que as coisas parem e que novos poderosos apareçam investigados. No fundo, é o desdobramento da apuração sobre o 8 de janeiro.

STF

A tese da instrumentalização política já deverá avançar na CPI do STF, que foi pedida no ano passado pelo deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS) e já obteve as assinaturas mínimas para vir a ser instalada. Van Hatten espera seu início agora quando o Congresso voltar.

Arapongados

O burburinho agora, especialmente no Senado, é em torno da obtenção da suposta lista de quem foi arapongado. Não são poucos os parlamentares que hoje desconfiam que estavam sendo monitorados pela Abin, e querem ter certeza se de fato isso aconteceu.

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