Por: Mayariane Castro

Brasília se torna um dos principais pontos de apoio em doação para Rio Grande do Sul

Base aérea de Brasília recebe doações para RS | Foto: Joédson Alves/Agência Brasil


Doações recebidas até quarta-feira (8) nos pontos oficiais de coleta foram levados até a Base Aérea de Brasília (BABR), e partirão da cidade rumo ao Rio Grande do Sul por um avião da FAB nesta quinta-feira (9). Diversos órgãos do DF se mobilizaram na última semana e iniciaram ações de coleta para enviar ao estado afetado pelas chuvas.

O avião não é a última leva que chegará até o estado, e a Câmara Legislativa do DF disponibiliza novos pontos de coleta para receber doações destinadas às vítimas das enchentes a partir da quinta-feira (9). A ação chamada CLDF Solidária – Em Socorro à População do Rio Grande do Sul funcionará entre 8h e 19h, na entrada principal da CLDF. As doações serão aceitas de forma drive-thru e doações de dinheiro via PÌX.

A Secretaria de Economia do Distrito Federal (SEEC) anunciou que vai doar itens apreendidos em operações da pasta para as vítimas. Entre os itens, serão doados roupas, cobertores e itens de higiene pessoal e o total doado ao RS passa de oito toneladas. A iniciativa parte da Coordenação de Fiscalização Tributária (Cofit), que, além de ser responsável pelo combate à sonegação fiscal, atua com políticas públicas voltadas a situações de vulnerabilidade social.

O coordenador de políticas socioambientais do Instituto Democracia e Sustentabillidade (IDS), Marcos Woortmann, acompanhou o fechamento da primeira leva de doações e diz que a população colaborou bastante com a campanha. “Brasília tem sido um ponto de muito recolhimento de alimentos, roupas, cobertores, água, material de limpeza, cobertores, tanto ao ponto que está uma fila de aproximadamente uma hora parada em frente à base aérea das pessoas esperando para poder entregar doações”, relata o especialista.

Prevenções Climáticas
Marcos Woortmann veio a Brasília para participar do Seminário Extremos Climáticos e Desastres no Distrito Federal, proposto pelo Ministério Público do DF (MPDFT). O evento ocorreu do dia 6 ao dia 9 de maio e havia sido marcado previamente ao desastre no Rio Grande do Sul. “Temos um excelente exemplo que é extremamente necessário nesta semana, onde esses desastres estão ocorrendo ao mesmo tempo que o debate”.

Ele explica que as cidades não conseguirão ser reconstruídas e que se faz necessário a construção de novas cidades com as medidas adequadas de suporte a desastres climáticos. Marcos ainda completa dizendo que estas intervenções já deveriam ter sido feitas e cuidadas no passado como parte do investimento público do Estado. Além disso, novos acordos climáticos entre os estados e o Governo Federal precisam ser estabelecidos, conforme especialista.