Nesta segunda-feira (8), mais de 1,3 mil vigilantes das unidades de saúde pública do Distrito Federal entraram em greve, afetando o funcionamento de hospitais como o Regional de Taguatinga e o de Samambaia, além de diversas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Segundo o Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), mais de 90% dos 1.500 vigilantes terceirizados aderiram à paralisação.
Entre as principais demandas dos trabalhadores estão o pagamento das parcelas atrasadas do FGTS pela empresa Ipanema, responsável por aproximadamente 70% dos contratos com a Secretaria de Saúde. O sindicato também destaca a necessidade de entrega de novos uniformes de trabalho e que a Secretaria de Saúde estaria ciente da situação por conta da prestação de serviços.
Gilmar Rodrigues, diretor de Comunicação do Sindicato, explicou que apenas alguns vigilantes estão operando em postos considerados essenciais, como nas áreas de psiquiatria e maternidade, para garantir a segurança dos pacientes. A secretaria e o Sindesv-DF se reuniram em 24 de junho para tratar da situação que tem se estendido ao longo de 2024.
Declarações
A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florência, afirmou estar ciente das reivindicações e acompanhar de perto a situação. Um processo está em tramitação na 2ª vara cível do DF, onde a secretaria solicitou multa diária de R$ 1 mil à empresa Ipanema por atrasos salariais após o 5º dia útil.
Ao Correio da Manhã, a Secretaria de Saúde declarou que os pagamentos pelos serviços prestados estão dentro dos prazos regulamentares e que mantém diálogo constante com a Ipanema para evitar prejuízos nos serviços de saúde oferecidos à população. “A Secretaria de Saúde do DF informa que acompanha a situação para não haver prejuízo aos serviços prestados, seja nas UBSs ou nos hospitais da rede. A SES-DF ressalta que mantém o contato com a empresa responsável pelos serviços de vigilantes”.
