O Distrito Federal enfrenta um cenário alarmante de violência contra a mulher, conforme apontado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023. Os números mostram um crescimento significativo nos índices de crimes como feminicídio, perseguição (stalking), violência psicológica e violência doméstica.
Em relação aos feminicídios, o DF registrou um aumento de 50% em um ano, passando de 22 casos em 2022 para 33 em 2023. O stalking também teve um crescimento expressivo, com 2.283 casos denunciados no último ano, comparados a 1.925 no ano anterior, representando um incremento de 18,6%.
A violência psicológica contra mulheres teve 1.304 boletins de ocorrência registrados em delegacias do DF, o que representa um aumento de 39,3% em relação ao ano anterior. Já os crimes sexuais, incluindo estupro, vitimaram pelo menos 294 mulheres, um aumento de 13,5% em comparação a 2022. Entre as vítimas de estupro menores de 14 anos, o número chegou a 574, um crescimento de 6,7%.
Os casos de violência doméstica também aumentaram, com 3.525 boletins de lesão corporal registrados no último ano, um aumento de 4,8% em relação a 2022. O Tribunal de Justiça do DF concedeu 19.001 medidas protetivas de urgência em 2023, um aumento de 58,5% em comparação ao ano anterior.
Ação em proteção
Para a senadora Leila Barros, líder da Bancada Feminina no Senado e autora do projeto de Lei do Stalking, que tipifica o crime de perseguição, os números refletem a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para proteger as mulheres no DF. "É fundamental fortalecer as redes de apoio e garantir que as vítimas tenham acesso a um sistema de justiça que as acolha e as proteja", destacou.
O crescimento dos índices de violência contra a mulher no Distrito Federal evidencia a importância de medidas preventivas e de conscientização, além da implementação de políticas públicas que visem à segurança e ao bem-estar das brasilienses.
