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PF cumpre nova fase da Lesa Pátria

Foi a 29ª fase da investigação dos envolvidos no 8/1 | Foto: Reprodução/Polícia Federal

Por Karoline Cavalcante

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na quinta-feira (29), mais uma fase da Operação Lesa Pátria, que busca identificar as pessoas que organizaram, participaram e financiaram os atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e depredados.

Durante a ação, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF, sendo cinco em Santa Catarina, três no Rio de Janeiro, um em Goiás e um no Distrito Federal. Segundo informações da PF, foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados.

Esta é a 29ª fase da operação e as autoridades estão avaliando minuciosamente os estragos para determinar a extensão exata dos prejuízos. Conforme as investigações recentes, o indicativo do valor total dos danos ao patrimônio público pode alcançar R$40 milhões.

Segundo o inquérito, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

"As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais cumpridos e pessoas capturadas", afirmou a PF, em nota.

8 de janeiro

Até o momento, as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) resultaram em 227 condenações no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o relatório divulgado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os ataques ocorridos apontou que, no sábado, 7 de janeiro, o acampamento montado no Setor Militar Urbano, em Brasília, apresentou que o número de pessoas presentes no local havia aumentado consideravelmente, atingindo aproximadamente 5.500 indivíduos. Este número representa um crescimento comparando a dois dias antes, quando cerca de 300 pessoas estavam no mesmo local.

Ainda que recente, os ataques às sedes dos três poderes já podem ser considerados um fato histórico. Entre as pautas defendidas pelos participantes dos atos, estão o pedido de intervenção militar, críticas ao Supremo e a rejeição ao governo eleito.