Casos de dengue crescem 1600% este ano
Cobertura vacinal só atingiu 33% de crianças e adolescentes
Brasília enfrenta uma intensa epidemia de dengue neste ano de 2024. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), são mais de 300 mil casos notificados, com 440 óbitos confirmados pela doença. Relatório aponta crescimento de 1600% comparado ao mesmo período de 2023.
A SES confirma que, no mesmo período do ano passado, até a Semana Epidemiológica (SE) 39 de 2023, em 30 de setembro, foram notificados 37.047 mil casos de dengue em residentes do DF, dos quais três resultaram em óbito.
Vacina
Em fevereiro deste ano, iniciou-se a implementação da vacina de dengue, em duas doses, distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças com a idade entre 10 e 14 anos. Segundo dados coletados com a SES, no primeiro quadrimestre foram aplicadas 60 mil primeiras doses da vacina. A cobertura vacinal ainda está em apenas 33%. “A meta é atingir 90%”, segundo nota da pasta.
Se a criança ou adolescente for diagnosticada com dengue, é necessário aguardar seis meses para iniciar o esquema vacinal. Se houve a contaminação por dengue após a primeira dose, deve-se manter a data prevista para a segunda dose, desde que haja um intervalo de 30 dias entre a infecção e a segunda dose.
Prevenção com as chuvas
O Correio da Manhã entrou em contato com a Secretaria de Saúde para obter informações sobre estratégias para o período chuvoso, previso para iniciar na próxima terça-feira (8).
A SES afirma que o enfrentamento de combate ao Aedes Aegypti é contínuo e que já se reuniu com setores competentes para a elaboração do Plano de Enfrentamento das Arboviroses.
“A Secretaria tem se preparado para o enfrentamento da próxima sazonalidade das arboviroses no Distrito Federal. Tendo isso em vista, dispomos do Plano de Enfrentamento das Arboviroses que foi debatido com diversos setores e em diversas instâncias, inclusive, no Conselho Distrital de Saúde. Internamente, a SES-DF distribuiu as ações em cinco eixos: gestão, assistencial, vigilância, comunicação e imunização. Para cada um desses eixos estão descritas diversas ações específicas”, ressalta em nota.
“É importante o apoio da população para vistoriar, ao menos uma vez por semana, o seu quintal e retirar tudo aquilo que possa acumular água: os potes, os vasos de planta, brinquedos das crianças e até mesmo uma tampinha de garrafa pode ser um local para criadouro do mosquito. Dentro de casa, é preciso olhar também as pingadeiras do bebedouro e o degelo atrás da geladeira”, completa.