Na próxima semana, entre 18 e 19 de novembro, acontece a 19ª Cúpula do G20, o encontro das 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e a União Europeia. De acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, a prioridade no encontro será debater “a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, à pobreza e à desigualdade”.
Mas dias antes do encontro dos membros do G20, parlamentares dos países que enquadram o G20 se reuniram no Congresso Nacional na 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), encontro global entre parlamentares que serve como uma “prévia” do que será debatido na Cúpula do G20, além de alinhar os discursos e argumentos de todas as partes.
No primeiro dia, na quarta (6), os parlamentares discutiram sobre a representatividade feminina em espaços de poder, desigualdade de gênero e os impactos globais em um recorte de gênero e raça. No segundo dia, quinta (7), o foco foi no combate à fome, pobreza e às desigualdades.
No último dia da Cúpula do P20, na sexta-feira (8), os convidados discutiram a importância do “Parlamento na construção de uma governança global adaptada aos desafios do século XXI”. A declaração final do P20, homologado na sexta, será entregue durante a reunião de cúpula do G20 no Rio de Janeiro. O documento está dividido em três eixos: o combate à fome, pobreza e desigualdade; as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e a reforma da governança global.
Governança global
Na última sessão do evento, os líderes mundiais presentes apontaram que há a necessidade de um novo arranjo de governança global e criticaram a ordem mundial global na atual conjuntura.
Na abertura da sessão, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), destacou que o mundo enfrenta uma "crise multifacetada" nos aspectos geopolítico, econômico e ambiental. “Queremos instituições internacionais mais transparentes e representativas”, afirmou.
“Se desejamos que os desafios globais sejam adequadamente debatidos e resolvidos, se desejamos que as instituições internacionais sejam respeitadas e suas decisões aceitas, é inevitável tratarmos da reforma da governança global. Precisamos discutir o papel crucial dos parlamentos nesse movimento, seja na participação em organizações internacionais, seja no debate e aprovação de acordos internacionais e na harmonização de políticas públicas em âmbito nacional”, pontuou Lira.
Na sessão, o presidente da Câmara transferiu a coordenação do P20 à África do Sul, país que sediará a Cúpula do G20 em 2025. Ao assumir o microfone do plenário, a vice-presidente da Assembleia Nacional da África do Sul, Annelie Lotriet, disse que o momento era histórico para o país e reiterou a importância de fortalecer os organismos internacionais.
“A presidência da África do Sul tem como lema o engajamento, a solidariedade, a igualdade e o desenvolvimento. Esse tema é um compromisso inegável da nossa nação com um multilateralismo robusto, tendo as Nações Unidas como base. Com o fortalecimento da cooperação internacional e regras de compromisso entre os países, poderemos alcançar solidariedade, paz, igualdade, direitos humanos e desenvolvimento para todos”, disse Lotriet.