Por: Da Redação

Divisão de inteligência contra extremistas pode ser permanente

Divisão foi criada após atentado a bomba no STF | Foto: Agência Brasil

A divisão de inteligência criada após um extremista morrer ao detonar uma carga explosiva em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 13 de novembro pode se tornar permanente, informou o governo do Distrito Federal (GDF).

Inicialmente, a estrutura ficaria ativa somente até o dia 12 de janeiro deste ano visando monitorar a capital da República para os atos marcados para esta quarta-feira (8), quando se completam dois anos da invasão das sedes dos três poderes.

Segundo o GDF, esse tipo de núcleo de inteligência com agentes de segurança de diversos órgãos locais e federais costumava ser formado antes de grandes eventos, como o 7 de setembro, por exemplo, permanecendo ativo por até 48 horas. Porém, após o episódio em novembro, quando Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tio Frente, explodiu-se em frente à estátua da Justiça na Praça dos Três Poderes, decidiu-se manter a estrutura até depois do 8 de janeiro de 2025.

Resultados

O secretário executivo de Segurança Pública do GDF, Alexandre Patury, afirmou que, como os resultados da estrutura têm sido positivos, discute-se agora manter a estrutura permanente.

“A troca de informações é muito mais rápida. Aquilo que normalmente leva minutos, quando estamos todos reunidos fisicamente, leva segundos para ser definido, já que todos têm acesso imediato aos sistemas de seus respectivos órgãos. A presença física realmente traz resultados”, avaliou Patury.

Prisão

No último domingo (29), a Polícia Civil do DF prendeu um homem de 30 anos que, segundo as investigações da Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (Dpcev), pretendia cometer atentados violentos em Brasília.

A divisão contra o extremismo reúne servidores de órgãos como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, as polícias do Senado, da Câmara, do STF, e das Polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), além da Secretaria de Segurança do DF.

A célula de inteligência montada tem realizado varredura nas redes sociais e jornais, além de checar denúncias anônimas. “Tudo o que chega é apurado e checado tanto pela célula quanto pelo Centro Integrado de Operações [CIOp]. Pedimos, inclusive, que a população tenha consciência, pois muitas pessoas fazem falsas denúncias como brincadeira, achando que é interessante atemorizar a população. Porém, duas pessoas já foram presas, e todo ato tem repercussões”, destacou Patury.

Com informações da Agência Brasil e Agência Brasília