O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empossou, nesta terça-feira (14), o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Sidônio Palmeira, no Palácio do Planalto. Ele assume no lugar de Paulo Pimenta que, se não for realocado para uma nova troca ministerial, volta a seu cargo como deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul na Câmara dos Deputados.
Em seu discurso de posse, o novo chefe da Secom classificou a comunicação como a guardiã da democracia. “A comunicação está no centro dos grandes desafios mundiais e nosso trabalho é compreendê-la em sua complexidade e convocar todos, uma vez que esse desafio não é só da Secom”, pontuou.
Sidônio Palmeira assume no meio do mandato do presidente Lula no intuito de tentar melhorar a comunicação política do governo, tanto com o Congresso Nacional quanto com a própria população. Dentre as expectativas para o recém-chegado, estima-se que ele trará um olhar e estratégica comunicacional mais publicitário. “O nosso país voltou a ser respeitado pelo mundo. Mas esse trabalho não está sendo percebido por parte da população. A população não consegue ver o governo nas suas virtudes”, disse.
Desinformação
Ao tomar posse no governo, Sidônio destacou que o foco da comunicação do governo será contra a disseminação de notícias falsas. “Precisamos do envolvimento de todos e todas. A ONU reconhece o combate às fake news como uma questão de direitos humanos. Essa não é apenas uma questão de governo, é uma questão da nação, é uma questão do mundo. Seguimos firmes. A verdade, por mais lenta que pareça, é o único antídoto contra a velocidade da mentira”, reiterou.
E em meio aos novos esforços do governo para o combate à desinformação, o novo ministro da Secom criticou as mudanças da empresa Meta refentes ao encerramento do programa de agências de checagem. Sidônio ainda destacou que o governo deve se reunir com a Advocacia-Geral da União (AGU) e empresas de checagem de informações para discutirem sobre o que será feito a respeito futuramente.
“O governo deve ter uma reunião com as empresas de checagem e com a AGU também, porque esse país tem ordens e regras. Soberania nacional é importante. A gente não pode confundir liberdade de expressão com liberdade de agressão. A gente precisa agir com firmeza. As plataformas são importantes porque ajudam na comunicação, então a gente tem que fazer algo que respeite as leis do nosso país”, reforçou Palmeira.
Desafios
Além do combate à desinformação, Sidônio Palmeira, em entrevista à GloboNews, destacou que os próximos desafios do governo são a alta dos preços dos alimentos e o diálogo que o governo precisará ter com diversos setores da sociedade. “Precisamos comunicar com todos os públicos: evangélicos, católicos, pessoas de diferentes regiões, e levar em conta as características de cada grupo. Isso inclui também os trabalhadores de aplicativos, que enfrentam uma nova dinâmica no mercado de trabalho e precisam saber das propostas e saídas que o governo tem para eles”, destacou.
No caso da alta do preço dos alimentos, ele destacou que a Secom atuará para ser transparente e ativa em comunicar à população o que o governo está fazendo para conter a alta dos preços.