O cenário eleitoral para o governo do estado do Rio de Janeiro em 2026 está se desenhando com a liderança do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSB), e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que figuram como os principais nomes na disputa. Essa é a conclusão de pesquisa realizada pelo Instituto Quaest, encomendado pela Genial Investimentos, e divulgado na quinta-feira (27).
Os dois políticos já vêm se enfrentando em um embate cada vez mais acirrado nas redes sociais. Em 13 de fevereiro, Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atacou a gestão de Paes, acusando-o de ser responsável pela crescente violência no estado. Em resposta, o prefeito revidou, mencionando o caso das “rachadinhas” no gabinete do senador.
Os outros nomes testados na pesquisa aparecem mais distantes numericamente: a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) ocupa a terceira posição com 7%, seguida pelo secretário estadual de Transporte e Mobilidade Urbana, Washington Reis (MDB), com 5%. O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), obteve 2%, e a vereadora Monica Benício (Psol) tem 1%.
Durante a campanha à prefeitura em 2024, Paes havia se comprometido a cumprir seu mandato até 2028, descartando a possibilidade de abandonar a prefeitura no meio do período para concorrer ao governo estadual. Contudo, caso suas candidaturas e as de Flávio Bolsonaro se confirmem, o cientista político André César prevê uma disputa acirrada. "Se assim for, o bolsonarismo raiz passará por duro teste e o resultado definirá os rumos desse extremado movimento e de seus fiéis seguidores", afirmou.
São Paulo
Em São Paulo, o atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) surge na frente, com 38% das intenções de voto por sua reeleição. Como adversário direto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) aparece com 15%; o empresário Pablo Marçal (PRTB), que está inelegível, com 12%; e o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), tem 6%. Indecisos somam 8% e os brancos, nulos e não votantes, 21%.
Para André César, apesar de problemas em áreas específicas no estado, como a segurança pública, trata-se de um bom índice para Tarcísio e causa incerteza em relação ao pleito presidencial. “Os números certamente manterão no ar a expectativa com relação a uma eventual candidatura à presidência da República”, disse o cientista político.
A pesquisa testou também o cenário de outras seis localidades: Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Dentre eles, o governador goiano, Ronaldo Caiado (União) foi o mais bem colocado em seu estado, com 86% de aprovação.
