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Charles Bronson à italiana

O detetive Nick Raider é uma versão doce de Dirty Harry, mas igualmente bom de mira | Foto: Divulgação Bonelli

Por Rodrigo Fonseca

Especial para o Correio da Manhã

Fala-se muito de Tex, de Zagor e do megassucesso de terror Dylan Dog, mas quando bancas de jornal, gibiterias, livrarias ou sites especializados em HQs começam a se debruçar sobre fumetti (o quadrinho à italiana) o gatilho relâmpago de Nick Raider vem à tona.

O detetive nasceu em uma oficina de prensar aventuras, localizada em Milão, chamada Sergio Bonelli Editore, Trata-se de um selo editorial criado em 1940 e que vende cerca de 500 mil HQs mensalmente. Seus títulos já saíram por aqui via Vecchi, Record, Mythos, Graphite e, agora, ganham o reforço da Editora 85, que escolheu o Charles Bronson da Bonelli para ampliar os horizontes da casa no Brasil.

"Nick Raider Especial 1 - Que Fim Levou Mary Rose?" já está em campanha no Catarse de financiamento coletivo de sua impressão. São 132 páginas centradas na investigação do assassinato de uma psiquiatra.

Durão, comparado ao Dirty Harry de Clinet Eastwood, Raider é um tira nova-iorquino que foi criado em 1988, nas HQs, por Claudio Nizzi. Vira e mexe, ele está às voltas com colaborações indesejadas com o FBI na investigação de homicídios. Mas a parceria por vezes será incômoda para o seu senso de vigilantismo.

Ainda na linha de reestruturação dos espaços para os fumetti no país, a mesma Editora 85 traz ao país a segunda edição do tijolaço "Cassidy Omnibus", de Pasquale Ruju e Maurizio Di Vincenzo. Depois de um trabalho cheio de primor com o ladrão Diabolik, a 85 aposta agora em outro ladino, Raymond Ray Cassidy. Sempre vestido de preto, ele só age com a aliança nupcial no dedo, dirige um possante Dodge Aspen v8, segue um código de honra pessoal segundo o qual civis nunca devem ser envolvidos e organiza os golpes como ações militares. Traído numa operação em 16 de agosto de 1977, Cassidy busca uma reinvenção. O volume reúne alguns dos números mais frenéticos da cruzada revanchista do (anti-)herói.

Ainda nessa linha de crime e intervenção da Lei, a indústria nacional de gibis buscou na Bonelli o imperdível "Julia: Graphic Novel", que sai aqui pela Mythos. Tá rolando desconto no www.lojamythos.com.br pra quem quiser ter em casa esta joia dos fumetti com foco nas aventuras da criminóloga Júlia Kendall. O roteiro é de Giancarlo Berardi e de Maurizio Mantero e as ilustrações são assinadas por Antonio Marinetti. A trama se chama "O Caso do Criminólogo Assassino". Nela, o professor Cross leva a aspirante a investigadora Júlia consigo a um congresso de peritos em crime. Lá, ela vai se tornar a única pessoa capaz de revelar o culpado de um crime quase perfeito.

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