Governo tem superávit de R$ 10,954 bi

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Segundo maior resultado positivo da série histórica para o mês (em termos nominais), o Governo central - que compreende as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - obteve superávit primário de R$ 10,954 bilhões em setembro deste ano, revelou, nesta quinta-feira (27) o Tesouro Nacional, ao destacar, entre os fatores determinantes do resultado favorável, o pagamento de dividendos pela Petrobras, assim como pela arrecadação recorde do período.

Se descontada a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o superávit do mês passado é apontado como o sexto melhor de toda a série, iniciada em 1995. O desempenho positivo das contas pública surpreendeu analistas do mercado, que contavam com um resultado negativo de R$ 847,6 milhões no mês passado.

Em consequência, o Governo Central contabiliza, no primeiro nove meses do ano, um superávit de R$ 33,775 bilhões, considerado o melhor resultado para esse período, desde 2013, já levando em conta a correção pela inflação.

A despeito da expectativa de ser apurado déficit nos próximos meses, a equipe econômica trabalha com a previsão de o Governo Central fechar 2022 com um superávit primário de R$ 13,548 bilhões, o que seria o primeiro resultado positivo em nove anos.

Se excluído o acordo sobre o controle do Aeroporto Campo de Marte - pelo qual a União pagou R$ 23,9 bilhões à Prefeitura de São Paulo - o superávit apurado seria de R$ 37,45 bilhões este ano.

A projeção federal de superávit para 2022 se mantém, mesmo com a vigência de emenda constitucional que implica elevação de R$ 41,25 bilhões em gastos sociais, no segundo semestre de 2022, sem contar desonerações de R$ 71,56 bilhões, já vigentes este ano, de acordo com o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.

Reforça a trajetória favorável das contas nacionais o fato de que as receitas continuarem em ritmo de crescimento superior ao das despesas, uma vez que as primeiras aumentaram nominalmente 14% (em relação a setembro de 2021) - avanço de 6,4%, se descontada a inflação medida pelo IPCA - enquanto as segundas recuaram 1,1%, no mesmo comparativo.