Por:

Rio: Igreja do Centro segue na busca do ostensório

Por Marcelo Perillier

"Rezo todos os dias para achar o ostensório e para que Deus tenha piedade da alma da pessoa que o roubou". As palavras do Padre Álvaro, da Igreja de São Francisco de Paula, do Centro do Rio, mostram a situação do cidadão e do pároco. Ao mesmo em que deseja reaver o objeto sagrado, furtado no início da semana passada, o padre não se esquece das funções católicas, de proteger as almas das pessoas e pedir bênçãos a todos os fiéis.

Sobre o objeto, o ostensório ficava em um pequeno museu da igreja, por ser do século XIX e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O templo tem outro, menor, que é usado em liturgias e eucaristias, para mostrar a hóstia, além das festas de Corpus Christi.

"Deixamos a igreja sempre aberta, para todos rezarem e não estamos habituados a roubos. Vamos ter uma reunião para melhorar ou rever nosso protocolo de segurança", disse Padre Álvaro, que fez um apelo aos leitores: "Peço ajuda a encontrar e devolver o ostensório, pois ele é sagrado e um patrimônio do país".

Em relação à segurança do Rio, o governo está se empenhando bastante para melhorar. Porém, como ressaltou o deputado Márcio Gualberto, presidente da Comissão de Segurança Pública da Alerj, o esforço precisa ser conjunto entre as esferas estaduais e municipais.

O Centro do Rio de Janeiro é patrimônio histórico, religioso, artístico, cultural, econômico e social. Infelizmente não recebeu de várias autoridades públicas o devido cuidado. Precisa ser resgatado imediatamente, pois não podemos tratar com tamanho desprezo uma região fundamental para a capital. O governador Cláudio Castro tem sido bastante solícito e feito um grande esforço para melhorar a segurança de todos que trabalham, transitam, residem e/ou possuem algum empreendimento. Mas existem outras mazelas sociais por ali, e que dependem não somente do Estado mas, principalmente, da Prefeitura", disse Márcio.

Já o deputado federal Hugo Leal tocou em outro assunto sobre o tema: o quanto a iluminação pública pode melhorar na redução dos índices de roubos e furtos.

"Uma alternativa importante, seja no centro do Rio de Janeiro ou em qualquer local, é aliar o monitoramento através de câmeras com a iluminação pública. Um experimento da Bureau Nacional de Pesquisa Econômica, nos EUA, comprovou que uma boa iluminação pública pode contribuir com a redução de até 36% dos crimes noturnos. Hoje temos sistemas que atuam perfeitamente nessa integração entre iluminação e monitoramento feito pelos órgãos de segurança. Essa trabalho conjunto pode trazer resultados melhores, contribuindo no aumento da segurança", disse Hugo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.