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Zinho é preso após se entregar à Polícia Federal

A Polícia Federal prendeu neste domingo (24), véspera de Natal, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, apontado como o líder da maior milícia do Rio de Janeiro. Ele estava foragido desde 2018.

Segundo as informações, a prisão foi feita pela corporação em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública estadual depois de negociação com defensores de Zinho, de acordo com nota do governo fluminense.

Zinho, ainda segundo a PF, apresentou-se a policiais da Delegacia de Repressão a Drogas e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas, na Superintendência Regional da corporação na cidade.

Havia 12 mandados de prisão em aberto contra ele, classificado pela gestão Cláudio Castro (PL) de "inimigo número 1 do RJ".

Na noite deste domingo, a Folha procurou a advogada de Zinho, mas, até o momento, não recebeu resposta.

Cumpridas as formalidades da prisão, ele foi encaminhado para o IML (Instituto Médico-Legal) e, em seguida, para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio.

Em nota, o governador comemorou a prisão como uma "vitória da sociedade".

"A desarticulação desses grupos criminosos com prisões, apreensões e bloqueio financeiro e a detenção desse mafioso provam que estamos no caminho certo", declarou Castro.

Pelo X (antigo Twitter), o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, também celebrou a prisão. "A PF prendeu hoje, dia 24 de dezembro, no final da tarde, o miliciano mais procurado, líder da milícia que domina a zona oeste do Rio de Janeiro".

De acordo com as investigações, Zinho comanda a maior milícia da zona oeste. Ele assumiu o comando do grupo paramilitar em 2021, após a morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko.

O controle dessa milícia foi passado de irmão para irmão, à medida que eles iam morrendo. Antes de Ecko, que assumi como chefe em 2017, quem comandava era Carlos da Silva Braga, o CL ou Carlinhos Três Pontes.

O grupo hoje é chamado de Bonde do Zinho, mas já teve outros nomes.

Por Camila Zarur (Folhapress)

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