Ao que tudo indica, o mistério foi desvendado. Ou quase. Sucesso nos anos de 1990, a música "W Brasil", de Jorge Ben Jor, tem os seguintes versos: "Deu no New York Times; a Feira de Acari é um sucesso; Tem de Tudo; É um mistério (...)". Nesta terça (23), tanto o governo municipal quanto o estadual ordenaram o fechamento da feira, por suposta venda de produtos ilegais e roubados.
O prefeito Eduardo Paes publicou um decreto sobre o fechamento da feira. Segundo o texto, a ordem prevê o ordenamento do espaço público; a necessidade do combate a eventos irregulares e sem autorização do município; a comercialização de produtos sem procedência e ao crime organizado.
Além disso, relatórios de inteligência da Secretaria Municipal de Ordem Pública apontaram a ligação da feira com grupos criminosos envolvidos com o tráfico de drogas, roubos de cargas, furto de energia e contrabando.
Muitos moradores do bairro criticaram a decisão de Paes, pois a região ainda tenta se recuperar dos danos causados pelas chuvas que atingem a capital fluminense.
Ações do governo
O governador determinou que as forças estaduais de segurança apoiem a ação da Prefeitura do Rio para proibir o funcionamento da feira.
"Vamos apoiar integralmente, com as forças estaduais de segurança, a operação que vai proibir que a feira de Acari continue funcionando", escreveu Castro no X, antigo Twitter.
A estratégia de ação integrada será definida em reunião na Secretaria de Polícia Militar com representantes da prefeitura nesta quarta (24).
"Não admitimos o comércio ilegal ou a dúvida sobre o origem de produtos. Para isso, daremos todo o suporte necessário por meio das nossas secretarias de Polícia Militar e de Polícia Civil", afirmou Castro.
Na Polícia Civil, a comercialização de produtos e de animais na feira de Acari é investigada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas e pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.