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Estado prende 100 líderes do crime organizado

Grupos estão sendo desarticulados com prisões, apreensões e bloqueios financeiros | Foto: Governo do Rio

Entre 2021 e 2023, o Governo do Rio capturou 100 líderes de facções criminosas, graças ao investimento de R$ 2,5 bilhões feitos em tecnologia, inteligência e treinamento, definindo o sucesso das operações.

"A grande quantidade de lideranças presas de 2021 a 2023 é uma vitória da sociedade e do nosso plano de segurança. Estamos no início de 2024 e só neste ano já prendemos importantes lideranças da milícia de Curicica e do tráfico de drogas da Vila Kennedy. O combate é a nossa resposta para essas organizações", declarou o governador Cláudio Castro.

Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), mesmo com o aumento de chefes capturados em 2023, as mortes por intervenção de agente do Estado diminuíram significativamente de janeiro a dezembro do último ano. Foram 461 mortes a menos, uma diminuição de 35% em relação a 2022.

Visão das polícias

Para o secretário da Polícia Civil, delegado Marcus Amim, a prisão de uma liderança desestabiliza a facção.

"Líder de uma facção não é um cargo qualquer. No tráfico, o criminoso quando é líder tem seu conhecimento de compra de drogas, de armas, ele não é líder por acaso. Muitas vezes o indivíduo tem crédito, conseguindo que a droga seja paga de forma consignada. Quando você tira um indivíduo desse do reduto, faz um estrago na organização" explicou o delegado.

Já o coronel Luiz Henrique Marinho Pires, secretário de Polícia Militar, ressalta o planejamento das corporações.

"Cada prisão realizada nesse período é de extrema importância para a segurança pública de nosso estado. Operamos em todas as regiões realizando ações, com planejamento operacional e de forma assertiva, tendo como preocupação central a preservação de vidas. Somente no ano de 2023, a Polícia Militar prendeu mais de 32.000 criminosos, apreendeu mais de 4.200 adolescentes envolvidos com a criminalidade, e retirou das ruas mais de 5.800 armas de fogo", afirma o coronel Luiz Henrique Marinho Pires, secretário de Polícia Militar.

Para o delegado Victor dos Santos, secretário de Segurança Pública, o trabalho de investigação para a captura de uma liderança começa pelos braços da organização, atingindo sua estrutura financeira.

"A prisão da liderança é muito importante e não é o único foco da investigação. Nós temos que chegar à estrutura organizacional, como se fosse uma empresa. Descobrimos as pessoas envolvidas na organização, o grau de importância delas, e hoje identificamos a estrutura financeira. É mais difícil chegarmos a um líder da milícia, do que naquela liderança armada, que é o sujeito que está ali para a guerra e acaba renovando a chance de ser preso por causa da exposição", conta Victor

Prisões relevantes

Apesar do Brasil não ser reconhecido como produtor de drogas, é utilizado como ponte de acesso para países produtores. Além da venda de substâncias ilícitas, os narcotraficantes se associam a outros crimes, como roubos, homicídios, tráfico de armas e lavagem de dinheiro.

Nomes de grande relevância aparecem na lista de líderes encontrados pelas forças de segurança estaduais. Miguel Ángel Insfrán, preso em fevereiro de 2023, era um dos criminosos mais procurados do Paraguai e buscava fazer alianças com traficantes cariocas para se estabelecer como fornecedor de cocaína para o Brasil.

Outro caso de grande destaque é o de Andreza Cristina Lima Leitão, conhecida como Bibi Perigosa, presa por agentes da Polícia Civil do Rio em abril de 2023, apontada como chefe de facção criminosa do Rio Grande do Norte.

Outros nomes que merecem destaque são o de Wellington da Silva Braga, o Ecko, ex-chefe da maior milícia do estado, neutralizado no dia 12 de junho de 2021, em uma ação da Polícia Civil; Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, resultante do trabalho integrado entre a Polícia Civil fluminense e a Polícia Federal; Edmilson Gomes Menezes, conhecido como Macaquinho, preso no dia 12 de agosto de 2021, no Campinho; André Felipe Mendes, primo do miliciano "Tandera" e operador da milícia de Seropédica, preso em 2023; e Rodrigo dos Santos, conhecido como Latrell, preso em São Paulo, considerado um dos integrantes mais importantes da milícia de Zinho.

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