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Rio debate melhorias em ciência e tecnologia

Vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano destaca o suporte na cadeia de inovação | Foto: Lucíola Villela

Durante dois dias, instituições de pesquisa, autoridades públicas, agências de fomento e membros da sociedade civil discutem, na Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação, que acontece na UFF, em Niterói, pautas a serem levadas para o 5º encontro nacional, que será em junho, em Brasília.

O encontro, organizado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em parceria com a Associação Comercial do Rio de Janeiro, Firjan, Fiocruz, Institutos de Pesquisa MCTI, por meio do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e Museu de Astronomia e Ciências Afins, e a Financiadora de Estudos e Projetos, está concentrado nos seguintes eixos: complexo econômico e industrial da saúde; tecnologias de baixo carbono e transição energética; inovação pelo oceano; violência; cidade e metrópole; comunicação; divulgação científica; e ciência básica.

O reitor da UFF, Antônio Claudio Lucas da Nóbrega, destacou a importância do debate como forma de direcionar recursos para a produção de conhecimento e de novas tecnologias.

"Importante a construção de conferências feitas de baixo para cima, com participação do poder público, da iniciativa privada e da academia. Falar de ciência e tecnologia não é tratar apenas de uma opção de carreira. Também é um instrumento do processo civilizatório. Se vivemos mais e melhor é porque aprendemos a produzir e utilizar diferentes conhecimentos. Todo exemplo no mundo de inovação sempre ocorre a partir de uma base larga de ciência", disse Nóbrega.

Já o presidente da Fiocruz, Maio Moreira, ressaltou que a ciência precisa ser elemento central para guiar projetos que permitam avanços sociais e econômicos.

"Hoje, o grau de dependência do país por conhecimento e tecnologias desenvolvidas no exterior é incompatível com o modelo de sistema de saúde que nós temos. Nós que somos agentes institucionais e formuladores de políticas públicas, precisamos pensar em maneiras de recuperar um projeto de país soberano, altivo, com a ciência e tecnologia como bases fundamentais", afirmou Moreira.

A Firjan, representada na solenidade pelo 1º vice-presidente, Luiz Césio Caetano, pontuou seu incentivo para aumentar o número de pesquisas no setor.

"Não é possível pensarmos em ciência, tecnologia e inovação se todos os lados não estiverem envolvidos. Temos importantes instituições de ensino no estado. Mas as empresas precisam ampliar os investimentos nesses setores. E precisamos de políticas públicas sólidas, que não se esvaziem com trocas de governo", disse Caetano.

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