O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, firmaram, parceria para a concepção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral. O museu funcionará no prédio do atual Centro Cultural do TSE, na Rua Primeiro de Março, e sua concepção será feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
"Eu pertenço a uma geração que já cresceu com o Brasil vivendo a sua redemocratização e que se acostumou com eleições livres e com as instituições funcionando. Todos nós vimos o que se tentou no início do ano passado no Brasil, naquela tentativa de golpe de estado, de ruptura institucional. Acho que temos o dever, a obrigação de ficar lembrando disso, de gerar memória sobre isso, educando a importância de defender os valores da democracia. Esse museu serve para reflexão e esse olhar atento permanente", afirmou Eduardo Paes.
O local é fruto de acordo de cooperação entre o TSE e a Secretaria Municipal de Cultura e tem como missão contribuir para o conhecimento político, histórico, cultural e econômico do Brasil ao propor leituras de um mundo em intensas transformações. Será um espaço de convivência social, educação, conhecimento científico e manutenção das liberdades civis e políticas.
"A ideia desse museu é contar e perpetuar na história toda essa trajetória da justiça eleitoral na construção de uma verdadeira democracia no Brasil.Desde o início da República, o Brasil sofreu, infelizmente, inúmeros episódios de exceção. Hoje, nós vivemos o maior período de estabilidade democrática do Brasil republicano. Isso deve ser comemorado, mas estabilidade democrática não significa tranquilidade e paz total. Significa a resistência e a resiliência das instituições contra eventuais ataques à democracia. Tudo isso precisa ser documentado, explicado e ficar na memória das próximas gerações. Essa é a ideia básica do museu. Aqui, vamos poder contar como a justiça eleitoral conseguiu avançar", disse Moraes, que agradeceu a presença do governador Cláudio Castro na cerimônia.
Os principais marcos históricos do processo democrático brasileiro serão lembrados desde a colônia, passando pelo Império, pela República, Ditadura e pela República Cidadã, entre elas a "Passeata dos Cem Mil" e o movimento das "Diretas Já".