O governador Cláudio Castro participou da cerimônia de início das obras de dragagem do Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá. A partir da licença ambiental concedida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a intervenção histórica é uma das mais importantes realizadas na cidade do ponto de vista ambiental e será executada pela Iguá. O investimento é de R$ 250 milhões nesse projeto.
"Esta realização representa um marco na infraestrutura local e simboliza o compromisso contínuo do Governo do Estado com o meio-ambiente e a sustentabilidade dos nossos rios e lagoas, trazendo bem-estar e desenvolvimento para toda a população fluminense", disse Castro.
A obra vai remanejar o equivalente a quase mil piscinas olímpicas de sedimentos finos do fundo das lagoas para melhorar a qualidade hídrica do Complexo Lagunar. A intervenção tem o objetivo de recuperar os canais naturais de conexão das lagoas com o mar e os espelhos d'água. Para otimizar a destinação do material dragado, a maior parte dele será usada para o preenchimento de cavidades localizadas em alguns pontos das lagoas.
"Hoje, começamos a atender a um pedido antigo dos moradores da Barra da Tijuca e adjacências. Todo o Rio de Janeiro e o meio ambiente sairão ganhando com esta iniciativa. Os esforços do Governo do Estado, dos órgãos ambientais, em parceria com a iniciativa privada, serão recompensados com a melhoria da qualidade da água e proteção do nosso patrimônio ambiental", afirmou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
Outra parte do material dragado será aproveitado para criar três novos espaços de manguezal. A Iguá planeja, ao longo de toda a intervenção, recuperar mais de 3 km de margens da Lagoa da Tijuca e plantar cerca de 165 mil mudas de espécies nativas, colaborando com o equilíbrio do ecossistema da região. As novas mudas vão se unir aos quatro hectares de manguezal recuperados pela concessionária desde 2021, com 50 mil mudas plantadas e outras 30 mil que já estão sendo cultivadas.
"O principal objetivo da dragagem é o restabelecimento do fluxo de água das lagoas. Por conta do assoreamento, hoje algumas partes das lagoas possuem apenas 30 cm de profundidade e isso dificulta essa troca com o oceano, o que é o natural. Essa obra é um dos grandes legados que a Iguá vai deixar para toda a cidade. Estamos dando início a um evento histórico", comentou Lucas Arrosti, Diretor de Operações da Iguá no Rio de Janeiro.
A dragagem é o pontapé para um processo de revitalização do Complexo Lagunar e começará na Lagoa da Tijuca, nas proximidades do Condomínio Península, onde os equipamentos ficarão por cerca de 24 meses. Ao longo dos próximos três anos, a dragagem passará ainda pelas Lagoas de Jacarepaguá, do Camorim e pelos Canais de Marapendi e Joatinga.
"As obras de dragagem do Complexo Lagunar da Barra dialogam diretamente com a melhoria da fauna, da flora, do ambiente e da qualidade de vida das pessoas. Não há um ambiente sustentável sem qualidade de vida. A concessão de saneamento já tem vida própria, com governança e com os órgãos de controle monitorando. Esse mês completamos 3 anos desse projeto que já está mudando o Rio de Janeiro, com um cronograma de investimentos para as próximas décadas. Hoje temos a certeza que foi a melhor decisão", salientou o secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione.