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Estado reduz desmatamento

Dados do SOS Mata Atlântica mostram que o Rio de Janeiro teve queda no desmatamento | Foto: Wellington Silva

O Rio de Janeiro apresentou 68% de redução no desmatamento das áreas de Mata Atlântica em todo o seu território no ano de 2023, de acordo com os dados divulgados pelo SOS Mata Atlântica na terça-feira (21). O avanço no combate aos crimes ambientais tem, hoje, a tecnologia como principal aliada. O Governo do Estado realiza um monitoramento por satélite por meio do programa Olho no Verde, permitindo a detecção de mudanças e identificando a supressão ilegal de vegetação a partir de 200 metros quadrados e à distância. Os registros são feitos com intervalo máximo de um mês.

"Modernizamos diversas frentes e o emprego de ações de inteligência foram potencializadas pelo uso de equipamentos e softwares modernos, geram bons resultados. Neste caso, pontos positivos a serviço do meio ambiente e da sociedade, com maior proteção dos recursos naturais do Rio de Janeiro", afirmou o governador Cláudio Castro.

Ao longo de oito anos, já foram vistoriados um total de 1.496,6 hectares de área desmatada, correspondendo a aproximadamente 2.490 áreas de desmatamento detectadas. Nos três últimos anos, mais de 170 ações de fiscalização foram realizadas em mais de 680 hectares.

Somente entre os dias 3 e 17 de maio deste ano, foram executadas 34 fiscalizações de combate ao desmatamento, com aplicação de dez autos de constatação, cinco autos de medida cautelar e duas multas. As operações, determinadas a partir de reuniões do Cosud, o Consórcio dos Estados do Sul e do Sudeste, continuam em andamento e seus dados ainda podem ser atualizados mostrando uma melhora ainda maior.

Operação em Guapimirim

Ainda este mês, uma operação conjunta de combate a crimes ambientais em área de Mata Atlântica, no município Guapimirim, apurou uma série de irregularidades, como ocupação irregular do terreno, desmatamento ilegal, intervenção no curso do rio e suas áreas de preservação permanente (APP) e movimentação perigosa do solo na Área de Proteção Ambiental (APA), da Bacia do Rio Macacu. A área com mais de quatro hectares foi paralisada, embargada, multada e houve apreensão de máquinas e equipamentos.