Caixa tenta impedir posse do terreno do Gasômetro

Banco acredita que houve favorecimento ao Flamengo no leilão

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Estádio, que ficará em área de fortes engarrafamentos, é motivo de briga com a Caixa

A Caixa Econômica Federal segue no embate contra a desapropriação do terreno do Gasômetro pela Prefeitura do Rio para a construção do estádio do Flamengo. Na última sexta-feira (2), o Rubro-Negro realizou o pagamento do valor de R$ 138.195.000,00 ao Município do Rio de Janeiro pela compra do terreno.

O clube informou que o Município do Rio de Janeiro já providenciou o depósito em juízo, nos autos do processo de desapropriação. O local pertencia a um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal e foi desapropriado pela prefeitura.

Porém, o banco federal não tem aceitado muito bem. Antes do leilão, a organização tentou suspender a venda por meio de uma liminar, mas não obteve êxito no pedido.

Agora que o Flamengo já realizou o pagamento, a Caixa vai entrar na Justiça para tentar barrar a posse do terreno. Os representantes acreditam que o caso caracteriza um desvio do preceito da desapropriação para beneficiar o Flamengo.

Na petição da Caixa, é alegado que a presença de políticos envolvidos no caso utilizando a camisa do Flamengo e o fato de somente a diretoria Rubro-Negra ter comparecido ao leilão levantam suspeita sobre o caso.

Pagamento à vista

O dinheiro deveria ser depositado em uma conta a ser informada pelo município em até cinco dias após a publicação do resultado do leilão.

O projeto para a construção do estádio deverá ser apresentado à prefeitura em até 18 meses. O tempo total seria de sete anos e meio, mas o Flamengo declinou do período máximo.

O Flamengo tem a estimativa de inauguração para 15 de novembro de 2029, aniversário de 134 anos do clube. O aporte previsto é de R$ 1,7 bilhão, podendo chegar a R$ 2 bilhões.