Castro busca solução que encerre paralisação na UERJ
Governador participa de reunião na universidade para superar impasse
Por Marcello Sigwalt
Em meio às dificuldades de superação do impasse que implicou os protestos, e decorrente paralisação das atividades da Uerj (ocupada pelos manifestantes), o Governo do Rio anuncia repasse de R$ 150 milhões para a Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), o governo Cláudio Castro determinou repasse de R$ 150 milhões à instituição, nessa quarta-feira (27), para que esta 'honre' os compromissos assumidos até o fim do ano. Esse montante deverá ser disponibilizado em duas parcelas, neste mês e em setembro. Em mais uma tentativa de acordo, Castro participou, nessa quinta-feira (29) de reunião com as lideranças dos estudantes e representantes da Reitoria da universidade.
Entre as atividades priorizadas, a universidade empregará os recursos na manutenção das bolsas estudantis e dos serviços, além de finalizar obras estruturais e concluir o pagamento dos profissionais terceirizados.
No momento do anúncio, o governador fluminense admitiu "a importância da educação e da formação superior para que os estudantes possam desenvolver o pensamento crítico e conquistar um lugar de destaque no mercado de trabalho. Com esse repasse, vamos garantir que o ensino não seja prejudicado por falta de orçamento.
Além dos R$ 150 milhões anunciados, o governo do Rio pretende disponibilizar R$ 9 milhões, para a construção do Restaurante Universitário de São Gonçalo, que deverá atender cerca de 2,5 milhões de pessoas (entre estudantes, servidores e docentes), sem contar outros R$ 6 milhões para que seja dado início à obra do Campus de Vaz Lobo, atualmente está em fase de desenvolvimento de projeto.
Na oportunidade, Castro acentuou que o governo fluminense em fazendo o repasse de verbas à UERJ, de forma a cumprir, de modo rigoroso, o orçamento aprovado pela Alerj, correspondente a um adicional 15% superior ao efetuado no ano passado. Nos meses de maio e junho, o Executivo realizou adiantamentos de R$ 25 milhões e R$ 35 milhões, respectivamente.
Pela proposta da Reitoria, seria adotado um plano emergencial, mediante a oferta, até dezembro próximo, de uma verba de R$ 400 aos estudantes que deixarão de receber o benefício.
Além disso, a universidade está oferecendo gratuidade no restaurante universitário e um auxílio transporte. Mas o aceno não resultou em acordo, o que mantém 35 mil alunos sem aulas, por tempo indeterminado.
A crise foi precipitada por mudanças no critério de concessão da Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social, distribuída a 2,5 mil alunos.