Coletivos: perdas de R$ 22 mi

Somente este ano, o prejuízo causado a ataques contra coletivos no Rio já supera o montante de R$ 22 milhões, segundo aponta levantamento realizado pelo Rio Ônibus, sindicato que representa as viações na Capital fluminense.

Neste caso, estão incluídos ônibus incendiados, vandalizados ou sequestrados para uso como barricadas, para impedir a ação da polícia.

Em 2023, as perdas totalizaram R$ 47,680 milhões, sem qualquer ressarcimento por parte do Poder Público.

Somando-se os dois últimos anos, os prejuízos chegam a R$ 70 milhões. Em 12 meses, foram sequestrados 134 veículos, que 'serviram' de barricadas, ao passo que outros 29 foram incendiados de forma criminosa. O estudo do sindicato concluiu que os bairros mais afetados pelo sequestro de ônibus foram: VJá ila Aliança, Tijuquinha e Muzema, na Zona Oeste; Cordovil e Ramos, na Zona Norte.

A prática deletéria tem-se intensificado nos últimos dias, haja vista que, nessa quinta-feira (17), dois ônibus da linha 778 (Pavuna x Cascadura), foram sequestrados e usados como barricada, em Costa Barros (Zona Norte), ao tempo que a PM realizava uma operação no Complexo da Pedreira.

Já na quarta-feira (16), nove ônibus foram alvo de sequestro por bandidos, ao ficarem atravessados na Estrada do Itanhangá, o que obstruídos o trânsito nos dois sentidos da via, enquanto um terceiro veículo bloqueava o acesso, no centro da Muzema.

Prática recorrente do crime organizado, no dia 14 agosto deste ano, criminosos sequestraram nove coletivos, igualmente usados como barricadas, em'protesto' contra a morte do líder do tráfico no Complexo do Chapadão (Zona Norte).

Um dia antes, o ônibus que fazia a linha 335 (Cordovil x Tiradentes) foi sequestrado para 'barrar' PMs nas comunidades Cinco Bocas e Pica Pau, em Brás de Pina, e Cidade Alta, em Cordovil (Zona Norte).

Pouco antes, em junho, a rua Barão de Petrópolis, no Rio Comprido (Centro), teve de ser interditada, devido à uma manifestação, quando criminosos 'sequestraram' um ônibus da linha 133 (Largo do Machado x Terminal Gentileza) para servir como 'barricada'. (M.S.)