Saneamento: favela usa método inovador
Tema de debates sobre políticas públicas em todo o país, a universalização dos serviços de água e esgoto ainda é um desafio para muitas cidades, principalmente quando envolve moradias localizadas em áreas de difícil acesso, como é o caso das encostas e dos terrenos em declive das comunidades que cercam a capital fluminense.
Na Zona Sul, um projeto-piloto implantado pela concessionária Águas do Rio em parceria com a startup Zero Esgoto se propõe a solucionar o problema.
Com o auxílio da biotecnologia, efluentes de 50 residências da comunidade Tavares Bastos, no Catete, já estão sendo tratados in loco e devolvidos ao solo.
A startup desenvolveu um sistema sanitário que trata os resíduos dentro de uma cápsula, evitando, assim, o despejo de esgoto in natura, produzido na parte mais elevada do morro, para as redes de água das chuvas que deságuam na Baía de Guanabara.
O tratamento é feito através de processos orgânicos, sem adição de produtos químicos, e tem capacidade para transformar um volume de 12.500 litros de esgoto por dia em água não potável, mas que não contamina o solo, em até seis horas.