BB tem fraudes de R$ 40 mi
Organização criminosa contava com o apoio de funcionários do banco
A desarticulação de um esquema de fraudes bancárias, que impuseram um prejuízo avaliado em mais de R$ 40 milhões. Essa foi a finalidade da operação deflagrada por policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que cumpriram seis mandados de busca e apreensão contra funcionários e trabalhadores terceirizados do Banco do Brasil (BB) no Rio de Janeiro, Baixada Fluminense e no estado do Mato Grosso, tendo como alvos preferenciais integrantes de uma organização criminosa, altamente especializada na prática de invasão de dados, alteração de informações cadastrais e roubo de valores diretamente do sistema do Banco do Brasil (BB).
Até aqui, as investigações realizadas pela DRF apontam que a quadrilha tinha a colaboração de um gerente do BB no Mato Grosso, além de um funcionário da área de tecnologia da informação e terceirizados da instituição financeira.
Para dar sequência às fraudes, os colaboradores internos do BB facilitavam a inserção de scripts maliciosos nos sistemas, para que os criminosos tivessem acesso remoto a computadores da instituição e a informações sigilosas, visando fazer transações bancárias fraudulentas em nome dos clientes, além de cadastrar equipamentos, alterar dados cadastrais e modificar dados biométricos.
Ao se manifestar sobre o ato criminoso, o Banco do Brasil informou que "o banco possui processos para apuração e análise de denúncias de irregularidades envolvendo a conduta de funcionários, com soluções administrativas que vão, desde a advertência e suspensão até destituição do cargo e demissão".
Segundo o delegado da DRF, Jeferson Ferreira do Nascimento, "essa quadrilha atua em organizações financeiras e estamos atuando contra o núcleo operacional, ou seja, pessoas com livre acesso, seja por funcionário ou terceirizado, que acessam um equipamento que permite que outros indivíduos possam acessar os dados e cadastros remotamente para fazer as fraudes e desvios", afirmou.
Nascimento acrescenta que "vamos agora em busca do núcleo superior desse grupo criminoso e também dos beneficiários desses recursos desviados de forma fraudulenta. Vamos analisar a possibilidade de participação de mais gente e movimentação de mais do que R$ 40 milhões.