Por Marcello Sigwalt
Como medida preventiva para que a cidade enfrente, de forma mais resiliente, a nova temporada de chuvas e de calor intenso, a Prefeitura do Rio apresentou, na manhã desta segunda-feira (4), o Plano Verão 2024/2025, que contém as principais ações de combate a efeitos climáticos cada vez mais desafiadores.
Somente nos últimos quatro anos, a administração municipal estimou ter dispendido recursos de R$ 3,3 bilhões com essa finalidade, a exemplo de 488 iniciativas de prevenção, manutenção, pronta resposta e aquisição de tecnologia.
Com características de longo prazo (dois a três anos), a Prefeitura pretende realizar obras de infraestrutura - priorizadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e financiadas pelo governo federal - nas localidades de Jardim Maravilha, Acari, Realengo e Bacia do Canal do Mangue, tendo em vista 'corrigir' problemas históricos de inundações.
Ao acentuar a importância de que a população colabore para salvar vidas, Paes admitiu que "a Bacia do Rio Acari ainda é um lugar complexo para esse verão. É uma região considerada muito crítica na cidade. Serão dois ou três anos para ter a solução definitiva para aquele problema". No caso do Jardim Maravilha, em Guaratiba (Zona Oeste), o projeto prevê a instalação de um dique de mais de 3,4 km, a um custo de R$ 340 milhões do PAC.
Já em Realengo, a previsão é de que seja construído um piscinão, pelo montante de R$ 140 milhões na área de extensão do Parque Realengo, visando conter as enchentes.
Dentro desse escopo de obras, a Bacia do Canal do Mangue, na Grande Tijuca, igualmente receberá um conjunto de intervenções com recursos do PAC.
Ainda em fase de aprovação pela Caixa Econômica Federal (CEF), o projeto consiste em um desvio do rio Maracanã, na altura da Rua Felipe Camarão, com a implantação de um sistema de microdrenagem na região, como forma de solucionar problemas recorrentes de alagamento, o que inclui as ruas Moraes e Silva e Ibituruna.
"Eventos de chuvas fortes certamente acontecerão. Nosso esforço é pecar pelo excesso, mas a população precisa estar atenta e colaborar com as autoridades", afirmou o prefeito, ao site de notícias G1.
Em paralelo, o Plano Verão 2024/2025 contempla um protocolo de calor, por meio do uso de um super-radar meteorológico, em parceria com a NASA (agência aeroespacial dos EUA), o que contaria com uma contrapartida de R$ 1 bilhão, em recursos federais.
De acordo com o Protocolo de Enfrentamento ao Calor Extremo, publicado no final do mês passado pela Prefeitura, são adotadas medidas nos diferentes serviços e operações da rede municipal de saúde, como assistência, vigilância em saúde e vigilância sanitária, de acordo com a classificação do nível de calor (NC).
A iniciativa também abrange normas de comunicação; preparação para os primeiros estágios do plano de contingência.
Outras diretrizes incluem: protocolos clínicos para o manejo das condições sensíveis ao calor; adaptação de atividades externas essenciais; ampliação dos serviços de atendimento; indicação de equipamentos públicos para resfriamento e até adiamento ou cancelamento de eventos de grande porte.