Por: POR MARCELLO SIGWALT

Cacique de Ramos passa a ser 'Patrimônio Imaterial do Rio'

Icônico bloco é 'patrimônio' eterno da alegria carioca | Foto: Alexandre Loureiro - Riotur

Celeiro de alguns dos maiores nomes do samba pátrio (Fundo de Quintal, Xande de Pilares, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho), o 'queridíssimo' bloco Cacique de Ramos acaba de ser declarado 'patrimônio imaterial do Rio de Janeiro, por sanção da Lei 10.562/23, pelo governador Cláudio Castro, nessa quinta-feira (7), conforme publicação constante do Diário Oficial do Estado (DOE).

Para Castro, "a lei reconhece, oficialmente, o que já sabíamos: o Cacique de Ramos é patrimônio da nossa cultura, do povo carioca e fluminense, enfim, do Estado do Rio. É uma homenagem mais do que justa e merecida. Só temos a agradecer pelo que o Cacique e seus músicos fazem há mais de sessenta anos, engrandecendo o Carnaval. Não há como imaginar nosso Carnaval sem os tradicionais desfiles do Cacique de Ramos pelas ruas do Rio".

Lei exalta tradição, mas veta preconceito

Além do reconhecimento oficial, a lei contém o discurso de que é preciso incentivar apresentações do bloco, de modo a dar continuidade às suas atividades e tradições. Em paralelo, o texto legal reforça a proibição de qualquer manifestação de preconceito ou discriminação contra seus integrantes, seja de natureza social, racial, cultural, política ou administrativa. Entre suas proezas, o bloco chegou a realizar desfiles, por três dias consecutivos, sempre atraindo uma multidão de foliões, como este ano, na "maratona" carnavalesca.