Efervescente, o mercado imobiliário do Rio cresce 15%

De janeiro a setembro, setor movimentou mais de R$ 30 bilhões

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Expansão significativa do mercado de imóveis reflete aumento da renda

Por Marcello Sigwalt

Em franca expansão, o mercado imobiliário do Rio exibiu crescimento de 15%, no período de janeiro a setembro deste ano, no comparativo anual, o que corresponde à uma movimentação de R$ 30 bilhões.

Os dados resultam de compilação efetuada pelo aplicativo RioM², levando em conta os registro do Imposto sobre a Transferência de Imóveis (IBTI), relativo à soma do valor de venda de imóveis residenciais e comerciais, nos primeiros três meses do ano. Neste caso, não estão contabilizados compromisso de compra de novos lançamentos que serão entregues no futuro.

No que toca às transações de compra e venda, também de janeiro a setembro de 2024, totalizaram R$ 33,54 bilhões, bem superior aos R$ 24,9 bilhões computados, em igual período do ano passado.

No que toca ao valor de transações, a liderança coube à Barra da Tijuca, bairro de alto padrão, que movimentou exatos R$ 5.115.457.348, nos primeiros oito meses do ano. Se o atual ritmo mensal médio de transações se mantiver, a perspectiva é de que o montante deste ano supere, em mais de R$ 1 bilhão, o registrado em 2023 (R$ 6,073 bilhões).

Já a vice-liderança neste quesito, no mesmo período analisado, ficou com o Leblon, que apresentou R$ 2,025 bilhões, muito próximo do atingido em todo o ano passado (R$ 2,18 bilhões). A segunda fila do ranking é composta por Ipanema (R$ 2 bi), Copacabana (R$ 1,87 bi) e Recreio dos Bandeirantes (R$ 1,86 bi).

Em que pese o 'aquecimento do mercado', o preço dos imóveis mostrou estabilidade no terceiro trimestre, uma vez que, levantamento do site de imóveis Quinto Andar, tomando por base transações de compra e venda feitas na plataforma, o metro quadrado no terceiro trimestre (3T 24) subiu 0,56% ante o trimestre anterior, permanecendo abaixo dos 0,8% da inflação do trimestre, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE. Como exemplo, no Rio de Janeiro, o preço médio do metro quadrado no trimestre atingiu R$ 5.091.

Leilão público

Na direção oposta, na última quarta-feira (6), a Procuradoria Geral do Município do Rio de Janeiro (PGM-RJ) colocou à venda 16 mil imóveis, por meio de leilão público, que foram penhorados como garantia de pagamento de débitos de IPTU, em processos de execução fiscal. As unidades exibem preços elásticos, que vão de R$ 4 mil a R$ 68 milhões.

Da lista de leiloados, o imóvel mais caro corresponde a um terreno na Rua Ibituruna, Maracanã (Zona Norte), próximo à Universidade Veiga de Almeida, com preço inicial de R$ 68 milhões. Outro grande destaque é o prédio da Universidade Cândido Mendes, na Candelária, avaliado em R$ 65 milhões. O curioso é a maior parte dos imóveis está situada na Zona Norte, com ênfase nos bairros de Brás de Pina e na Penha. Em paralelo, chamam atenção aqueles da Zona Oeste, como Taquara, Freguesia, Campo Grande e Sepetiba, cujos preços ultrapassam R$ 30 milhões.

Como característica, os apartamentos estão entre os imóveis mais caros da Zona Sul, considera a área mais nobre da cidade. Exemplo disso, apartamento na rua Desembargador Alfredo Russel, no Leblon, está à venda por R$ 4 milhões.