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Mercado ilegal 'subtrai' R$ 4,5 bi por ano da economia do Rio

Combate ao mercado ilegal ainda não conta com 'antídoto' eficaz de autoridades | Foto: Marcello Casal Jr. - Agência Brasil

Por Marcello Sigwalt

O mercado de produtos ilegais impõe uma perda anual de R$ 4,5 bilhões à economia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

É o que aponta pesquisa realizada pelo Instituto Fecomercio de Pesquisa e Análises (IFec-RJ), ao destacar que tal valor supera o todo o montante movimentado pelas principais datas comemorativas do comércio, como Natal, Dia das Mães e Dia dos Pais.

De acordo com a pesquisa - apresentada durante o Conselho de Combate ao Mercado Ilegal da Fecomércio RJ - 55,2% dos entrevistados admitiram ter adquirido produtos no mercado informal, ao menos, uma vez na vida, mediante um gasto médio mensal de R$ 129, com esses produtos, correspondente à uma movimentação financeira mensal de R$ 376,7 milhões.

Interessante notar que, no estudo, a maioria dos consumidores (67,9%) reconhece que o impacto negativo da compra de produtos ilegais sobre a economia fluminense. Também relevante é o dado de que 64% entendem que o mercado ilegal incentiva o aumento da criminalidade e da violência.

No mesmo sentido, outra pesquisa do IFec RJ mostra que quase metade dos empresários (49,1%) afirmaram que o roubo de cargas impacta, negativamente seus negócios.

Para o mercado formal, a atividade ilegal implica:

Concorrência desleal: produtos ilegais são, em geral, mais baratos, afetando as vendas formais.

Sonega impostos: como não paga impostos, a atividade ilegal reduz a arrecadação do governo, assim como prejudica investimentos em serviços públicos.

Impõe riscos à saúde: como não atendem, em sua maioria, às normas de segurança e qualidade, tais produtos colocam em risco a saúde de consumidores.

Financia o crime: os recursos obtidos pelo mercado ilegal financiam atividades ilícitas por organizações criminosas.

Em contrapartida, o combate ao mercado ilegal demanda a intensificação do combate a yais práticas, mediante ações de fiscalização, repressão, assim como maior conscientização dessa realidade, junto à população.

A ideia é mostrar que a compra de produtos legais, no comércio formal, é uma prática vital para o fortalecimento da economia, à criação de empregos e também visa garantir o direito à segurança, por parte dos consumidores.