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Rocinha 'ganha' 70 contêineres

Por Marcello Sigwalt

Pela primeira vez que se tem notícia, a favela da Rocinha (Zona Sul) - considerada uma das maiores do mundo - será beneficiada com a instalação de 70 contêineres de grande porte pela Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), em pontos definidos por um mapeamento técnico. A chegada da nova tecnologia consiste em equipamentos com 1.200 litros de capacidade, apropriados para o despejo automático de resíduos, diretamente em caminhões basculantes que os recolhem.

Depois da Rocinha, também serão contempladas as favelas da Grande Tijuca e aquelas de outras localidades da Zona Norte. A previsão da Prefeitura do Rio é que todas as comunidades cariocas passem a contar com os contêineres, que visa assegurar o ordenamento dos resíduos, mediante uma remoção rápida e eficiente do lixo, de modo a impedir sua exposição nas vias públicas.

Segundo o presidente da Comlurb, Flávio Lopes, "a Rocinha contava, antes, com 25 contêineres, que também foram substituídos pelos novos. Isso vai ajudar muito na organização da comunidade, criando mais pontos de entrega voluntária para os moradores, principalmente nos locais onde os veículos da Comlurb não conseguem alcançar. Vamos fazer isso nas comunidades da cidade. Mas precisamos da ajuda dos moradores, fazendo o descarte correto do lixo nos contêineres para ficar ordenado, trazer mais qualidade de vida para comunidade e ainda facilitar o trabalho da companhia".

Antes de receber os novos equipamentos, a Rocinha já dispunha de três tratores exclusivos para serviço, com dois eixos articulados e independentes, o que facilita a mobilidade e capilaridade no interior das favelas, sem contar com um triciclo dotado de um cesto traseiro para coleta de resíduos em ruas mais estreitas, como becos e vielas. A coleta domiciliar e remoção de resíduos são realizados, em até dois turnos, diariamente, em toda a extensão da comunidade.

Antes de atender as favelas cariocas, os novos contêineres já haviam sido instalados em condomínios de famílias de baixa renda da Zona Oeste, que participam de programas federais, como o "Minha Casa, Minha Vida". Desde o início das instalações, já foi feita a montagem de 161 equipamentos nesses locais, que passaram a contar com o serviço de coleta.