Por Marcello Sigwalt
Após passarem, na véspera, (8) pelo fogo cruzado - no momento em que agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), a 21ª DP (Bonsucesso) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) cumpriam mais uma etapa da Operação Torniquete, contra roubos e receptação de cargas na comunidade de Manguinhos (Zona Norte) - funcionários e alunos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foram orientados a executar trabalho remoto, nessa quinta-feira (9).
Em meio ao tiroteio, uma funcionária da fundação foi ferida por estilhaço. Naquele instante, um drone havia flagrado a movimentação de criminosos nas proximidades da Fiocruz.
Em paralelo, a instituição suspendeu o serviço de transporte Fiocruz Saudável e os coletivos que fazem o trajeto Triagem-Bonsucesso, além de fechar a Creche Fiocruz e cancelar visitas ao Museu da Vida.
Já os serviços essenciais estão mantidos. A Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic) monitorará a situação.
Objetivo
Ao combater roubos e receptação de cargas na região, a Operação Torniquete, na verdade, busca 'enfraquecer' o controle da região pelo Comando Vermelho (CV), cujos crimes financiam seu 'poder de fogo', em disputas territoriais, além de garantir o 'pagamento' de valores a familiares de seus membros, que se encontram detidos ou em liberdade.
Ao entrarem em confronto com os agentes - que envolveu troca de tiros nas favelas do Mandela 1, 2, Varginha e na rua Leopoldo Bulhões - os criminosos atearam fogo a barricadas para obstruir a ação dos policiais. Em consequência, três suspeitos foram mortos.
Como resultado da ação policial, foram apreendidos: dois fuzis, duas pistolas, 4.730 unidades de lança-perfume, nove galões com lança-perfume, 2.650 pinos de cocaína, 390 pedras de crack, 110 papelotes de maconha, 31 tabletes de maconha e 40 papelotes de skunk, variedade de maconha com alto poder entorpecente.