A Secretaria de Ordem Pública (Seop), o Ministério Público (MPRJ), a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e a Polícia Militar realizaram, nesta terça-feira (25/2), uma operação conjunta para demolir 22 construções irregulares erguidas em loteamento clandestino, nas imediações do Complexo Penitenciário de Bangu (Gericinó), área que sofre influência do crime organizado. Também participaram da operação agentes da Guarda Municipal, Comlurb e RioLuz.
Os imóveis foram feitos sem nenhuma autorização da Prefeitura e estavam a menos de 250 metros da unidade prisional, em uma área de segurança onde edificações são proibidas por lei. Engenheiros da Prefeitura do Rio estimam um prejuízo de R$ 1 milhão aos responsáveis pelas construções irregulares.
- Nesta demolição de hoje, além da questão do ordenamento e da proteção da vida das pessoas, também atuamos para impedir um crescimento imobiliário e adensamento ilegal de uma área de segurança, como é o Complexo Penitenciário de Bangu. Ali é uma área de segurança máxima e não podemos deixar que construções sejam feitas tão próximas ao presídio. Já atuamos na região anteriormente e voltaremos quantas vezes forem necessárias. Seguiremos firmes neste trabalho de coibir construções irregulares no Rio de Janeiro, realizando ações integradas com as forças de segurança para termos uma cidade mais ordenada e segura - ressalta Brenno Carnevale, secretário de Ordem Pública.
Entre as construções ilegais demolidas, uma delas tinha aproximadamente 1000m2, onde anteriormente eram criados animais. O local estava abandonado, sujo e em péssimas condições de salubridade. Além das demolições das unidades não habitadas, a Prefeitura notificou os imóveis já ocupados, cujos moradores foram assistidos pela Secretaria de Assistência Social.
Para o MPRJ, as invasões de propriedade e construções clandestinas perto do complexo prisional seriam feitas por uma facção criminosa, para facilitar fugas.