Por Marcello Sigwalt
Resiliente à escalada da criminalidade que assola a 'Cidade Maravilhosa' o empresariado do Rio decidiu 'cerrar fileiras' para combater o avanço do crime, ao lançar manifesto intitulado "Essa dinâmica afasta investimentos", subscrito por líderes empresariais e representantes de setores-chave da economia, no qual expressa 'profunda preocupação', além de cobrar 'ações imediatas' das autoridades competentes para o 'quadro alarmante'.
No documento público, o Instituto 'Todos Pelo Rio' - que reúne diversos setores do empresariado fluminense - emite um 'alerta' sobre a situação 'alarmante' da segurança pública, salientando que a crise no setor não pode ser atribuída 'exclusivamente' ao Poder Executivo estadual ou às forças de segurança. "Atribuir a crise da segurança pública exclusivamente ao Poder Executivo estadual e às forças policiais é ignorar a verdadeira raiz do problema", afirmam os signatários do documento, sugerindo que a questão é mais complexa e envolve falhas em diversas áreas da gestão pública e do sistema de justiça.
Entre os principais alvos de críticas, o segmento aponta o sistema de audiências de custódia que, na avaliação do instituto, 'contribui para a sensação de impunidade e insegurança no estado do Rio', uma vez que, com frequência, 'criminosos capturados são libertados em questão de horas', mediante um processo que, na prática, coloca em risco a liberdade dos cidadãos e a segurança da população. "Criminosos capturados são libertados em questão de horas, ameaçando a livre circulação dos cidadãos e suas vidas", ressalta o texto.
A entidade avalia que o crime produz efeitos devastadores sobre a economia do estado, pois, a 'sensação de impunidade' afasta investimentos e reduz a arrecadação. Como ressalva, a entidade escreveu: "Apoiamos de forma veemente a cúpula da Segurança Pública do Rio, que, apesar das dificuldades, tem atuado com técnica, competência e profissionalismo".