Por Marcello Sigwalt
A cada oito minutos, um celular é furtado/roubado no Rio de Janeiro. A estatística da violência, elaborada pelo ISP (Instituto de Segurança Pública) toma por base o montante apurado nas delegacias do estado, que contabilizaram, em todo o ano passado, 21.423 roubos e 37.397 furtos de celular.
No 'ranking' de ocorrências, a liderança coube à 5ª DP (Mem de Sá), no Centro, com 3.480 registros, seguida pela 18ª DP (Praça da Bandeira), com 2.993 roubos e furtos, e pela 16ª DP (Barra da Tijuca), com 2.749 casos.
O grau de sofisticação do crime organizado pode ser medido pelo desfecho de uma operação policial, realizada em dezembro último, no Morro do Fallet-Fogueteiro, em Santa Teresa (Centro). Durante abordagem no local, agentes da 24ª DP (Piedade), não só apreenderam cinco toneladas de maconha, mas 'estouraram' uma central clandestina de desbloqueio de celulares, contendo 200 aparelhos (dos quais, 40 iPhones) roubados e furtados. Após análise da 24ª DP, tais dispositivos passaram a ser devolvidos pela Polícia aos respectivos donos.
Em menos de 24 horas, 70 deles já estavam nas mãos de seus proprietários.
De acordo com a investigação, a central - que modificava os IMEIs (número único de cada aparelho) para posterior revenda dos celulares roubados - operava em um cômodo oculto atrás de um bar na localidade. Como não poderia deixar de ser, o responsável pelo espaço, Patrick Fontes Souza da Silva, de 31 anos - preso em flagrante - é 'dono' de uma extensa ficha criminal, que inclui passagens por receptação (3 ocorrências), estelionato (2), apropriação indébita, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Cumprindo a máxima de que 'é melhor prevenir do que remediar', as autoridades fazem recomendações aos usuários de celulares, no caso de roubo ou furto. É possível acionar a operadora ou o programa Celular Seguro, bloqueando o acesso a redes móveis.