Por: Redação

Mercado imobiliário no Rio: vendas disparam 72% e setor bate recorde

O mercado imobiliário do Rio de Janeiro começou 2025 com tudo, é o que mostra a pesquisa do Secovi Rio (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis). Segundo dados da entidade, o setor registrou um crescimento de 72% no primeiro bimestre de 2025, em comparação ao mesmo período em 2020. Os dados foram analisados pelo Centro de Pesquisa e Análise da informação com base no Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) da Prefeitura do Rio de Janeiro. O levantamento aponta que tanto condomínios residenciais quanto comerciais do Rio de Janeiro registraram um aumento significativo nas vendas, mostrando a alta do setor.

Apartamentos, casas, salas comerciais e lojas estão movimentando o mercado e apontaram um aumento relevante nas vendas nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, registrando a venda de 7.449 imóveis e superando as 6.437 unidades comercializadas no mesmo período de 2024. Desse total, 6.368 foram apartamentos e 1.081 casas, representando um aumento de 15% de um ano para o outro. Quando analisamos os dados a longo prazo, em comparação com o ano de 2020, os números são ainda mais expressivos. Naquele ano, foram vendidas 4.424 unidades no primeiro bimestre, o que representa um aumento de 72% em relação ao mesmo período de 2025.

Para entender esse "Boom” imobiliário no Rio, o especialista Pedro Gomide, da Smart Leilões, explica que o aumento da demanda e a busca por investimentos mais seguros são alguns dos principais motivos para esse crescimento. “Com o mercado financeiro instável e a inflação alta, os imóveis continuam sendo um investimento sólido e valorizado a longo prazo”, destaca Gomide.

Atrelado a isso, as incertezas econômicas externas e a política comercial do país também foram a motivação para o aumento da Taxa Selic por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A Taxa Selic subiu para 14,25%, atingindo o maior patamar desde 2016, também impactando o mercado. O aumento da Selic eleva os juros dos financiamentos imobiliários, tornando o crédito mais caro para os consumidores.

Diante desse cenário, muitos proprietários optam por colocar seus imóveis à venda, gerando maior rotatividade no mercado. Além disso, o crescimento da inadimplência impulsiona o setor de leilões, tornando essa modalidade uma alternativa atrativa para compradores em busca de oportunidades. Para Pedro Gomide, as alternativas de compra e investimento como os leilões continuam se destacando como uma excelente opção diante à alta da Selic e às dificuldades do crédito imobiliário, mas alerta. “Como em qualquer investimento é importante que o comprador analise o imóvel, as condições do leilão e do mercado com cuidado para garantir que a oportunidade é realmente vantajosa.”, finaliza o especialista em imóveis.