Corrente de comércio do Rio atinge US$ 72,4 bi em 2024
Superávit comercial fluminense atingiu US$ 17 bi, no ano passado
Por Marcello Sigwalt
Maior patamar, desde o início da série histórica, iniciada em 1996, a corrente de comércio do estado do Rio de Janeiro atingiu US$ 72,4 bilhões no ano passado, apontam dados do boletim Rio Exporta 2024, divulgados pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Nesse período, o superávit comercial chegou a US$ 17 bilhões, como resultado de exportações de US$ 44,7 bilhões e importações de US$ 27,7 bilhões.
De acordo com a Federação, tal desempenho favorável teve o impulso da tendência crescente de internacionalização das empresas fluminenses. Para o presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da Firjan, Rodrigo Santiago, "esse é um resultado positivo da atuação mais competitiva do estado no comércio exterior".
Em que pese o recorde exportador estadual, as vendas externas registraram recuo de 3%, no comparado anual, em decorrência do declínio do volume de petróleo e gás exportado, correspondente a 79% do total, que totalizou US$ 35,3 bilhões.
Sobre o desempenho desse setor, o gerente da Firjan, Giorgio Rossi acentua que se trata de "uma commodity fortemente influenciada pelo preço internacional, que operou abaixo da média dos últimos dois anos". Ao mesmo tempo, as exportações de produtos químicos avançaram 15%, 'puxadas' pela alta de 26% do segmento de polímeros de etileno, propileno e estireno, que apuraram receita de 26%.
Pelas importações, houve alta anual de 7%, com destaque para a elevação expressiva de 28% na indústria de máquinas e equipamentos, que correspondeu a um total de US$ 3 bilhões. "Esses produtos de alto valor agregado indicam que o setor produtivo fluminense está se modernizando", observou Rossi.
Pilar do comércio exterior do estado, o petróleo exportado teve recuo anual de 2%, tendo como principal destino o mercado chinês.