Por Marcello Sigwalt
Chegou o dia. Deferência única que consagra às letras de todos os quadrantes planetários, a Cidade Maravilhosa passou a ostentar, a partir dessa quarta (23), o título de 'Capital Mundial do Livro 2025', recebido, no Teatro Carlos Gomes, no Centro, pelo prefeito Eduardo Paes das mãos da prefeita de Estrasburgo (França), Jeanne Barseghian, mediante uma apresentação musical que destaca grandes nomes da literatura brasileira e marca o início do calendário de eventos.
Nesse mesmo dia, foi aberta a Caixa Literária da Língua Portuguesa - contendo livros de escritores de língua portuguesa de todo mundo - deverá percorrer vários pontos da cidade, ao longo do ano, abrindo espaço para debates abertos em escolas, bibliotecas, livrarias, museus e centros culturais, mas também em locais públicos de grande circulação, como terminais de ônibus e estações de trem e de metrô.
Trazida de Lisboa (capital de Portugal), no dia 8 de abril, a caixa -no âmbito do evento 'Rios da palavra', promovido pela Academia das Ciências - foi reforçada por um acervo composto por obras clássicas e contemporâneas da literatura lusófona produzida em países como Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Timor-Leste.
De modo semelhante, ao final da 'temporada' carioca, outra caixa será enviada, repleta de livros brasileiros, a Rabat, capital do Marrocos, quando esta assumir o posto em 2026.
Por definição, o título representa o reconhecimento da Unesco à excelência dos programas de promoção da leitura do município do Rio, anunciado por Paes, em 2024.
Trata-se da primeira vez em que uma cidade de língua portuguesa recebe essa distinção, acompanhada por uma ampla gama de eventos e iniciativas, direcionadas ao desenvolvimento de políticas públicas para o livro e a leitura, sob o incentivo das maiores entidades do mercado editorial brasileiro.