Por: Cláudio Magnavita

Coluna Magnavita | Exemplo de atuação

Resort de luxo e academia armazenavam armas e drogas | Foto: Divulgação PCERJ

Nada poderia ser mais emblemático do que o fim do 'Resort do Crime', em Parada de Lucas. Parabéns à Polícia e à Justiça que autorizou a busca e apreensão, e o perdimento dos equipamentos e a destruição da área de lazer de luxo da bandidagem em uma área de preservação ambiental. Uma operação que envolve uma sintonia fina do Tribunal de Justiça com as forças policiais. Não há quem não reconheça a ação da Polícia Civil. Merece aplauso.

SURGIU POR OSMOSE? - O 'Resort do Crime' não brotou do nada. Ocupa uma área de preservação ambiental. Na campanha, o prefeito/candidato Eduardo Paes foi ríspido com um aliado histórico quando foi cobrado pelas invasões na área ambiental do Rio Morto ou na favela César Maia, sem uma ação efetiva da municipalidade. Será que ninguém da Prefeitura assistiu a instalação deste 'Resort do Crime'? Ele brotou do nada?

TERRA DE NINGUÉM - Um dos maiores focos da criminalidade na Zona Oeste tem sido a ocupação irregular pela milícia de áreas públicas. Os laboratórios foram expulsos da Estradas dos Bandeirantes por ficarem ilhados. Teve até rua bloqueada pela construção irregular de casas. Jogavam a culpa na ineficiência de Marcelo Crivella como prefeito, mas nos últimos anos a situação ficou epidêmica, sem falar na ocupação dos conjuntos habitacionais de Curicica pela milícia ou pelo tráfico.

SHOPPING DO CRIME - Na Prainha, no Recreio, a marginalidade chegou a criar, em uma estrutura de aço, um mini shopping center. A administração regional foi lá. Prometeu acabar e a história continuou. Faltou coragem.