Após o gigante Beluga, chega ao Brasil avião chamado de 'Dia do Apocalipse'
Um avião projetado para resistir até mesmo a armas nucleares pousou ontem no Aeroporto de Brasília. O Boeing E-4B Nighwatch, conhecido como o "avião do Dia do Apocalipse", chegou a capital federal às 20h51, dias depois de o país receber outra aeronave impressionante, o Beluga.
A aeronave é um Boeing 747-200 modificado pelo governo dos Estados Unidos para ser um posto de comando militar aéreo no caso de uma guerra nuclear, segundo explicação do site Live Science.
O E-4B faz parte de uma frota de aviões de "vigília noturna" mantidos desde 1970 pelas Forças Armadas norte-americanas. O Boeing modificado, avaliado em US$ 200 milhões (mais de R$ 1 bilhão na cotação atual), deve abrigar autoridades do alto escalão em caso de conflito e é munido de equipamentos de inteligência mais antigos, para que a aeronave consiga continuar operando mesmo que exposta a pulsos eletromagnéticos de uma explosão nuclear.
Além disso, o avião quase não possui janelas e tem uma blindagem especial para proteger passageiros e comandantes dos efeitos térmicos de uma guerra do tipo.
Ainda quando o assunto é o comando militar feito pelo ar, uma curva no topo do Boeing, conhecida como "radome", abriga 65 antenas e satélites para que o E-4B possa se comunicar com navios, submarinos, bases térreas e outras aeronaves em todo o mundo, de acordo com o canal norte-americano CNBC.
A aeronave Boeing E-4B que fez o voo até o Brasil tem matrícula 73-1676 e foi fabricada há 49 anos.
A bordo dela estava o Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd J. Austin III, que participa da 15ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas, fórum que começou nesta terça-feira (26), em Brasília.
Segundo comunicado do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Austin deve "fazer reuniões bilaterais com vários de seus colegas" do continente.
"Essa série de eventos de alto nível reflete o profundo comprometimento dos Estados Unidos em trabalhar ao lado de seus parceiros regionais para projetar nossa visão compartilhada de um Hemisfério Ocidental democrático, próspero e seguro", afirmou a nota governamental.