Por: Aristóteles Drummond

A força do interior

Mapa do Estado do Rio, divididos em regiões econômicas. destaque em vermelho para a Mesoregião Sul Fluminense. | Foto: Raphael Lorenzeto de Abreu/Wikimedia Commons

O Rio de Janeiro vive um momento interessante com a redescoberta do interior do Estado como promotor do desenvolvimento econômico e social. No antigo Estado do Rio, só teve de relevante, graças a Deus por três personalidades, os governos de Amaral Peixoto, mais conhecido pelo grande líder político, mas que foi um grande administrador também. Todos os municípios têm a marca de sua ação. Depois da fusão, o grande gestor foi o Almirante Faria Lima, que teve um grande secretário de Agricultura em José Resende Peres. E Luiz Fernando Pezão, político a partir de Piraí, onde foi vereador e prefeito com sucesso.

Agora, o interior continua a receber atenções para consolidar conquistas como o polo automotor do Sul e o renascer do café, no Vale do Paraíba, e região serrana e a agricultura, em geral, no norte e noroeste. E a descentralizar e aproveitar potencialidades. A capital nacional do óleo e gás é Macaé, que pode agregar parque industrial específico, geração de energia, polo de fertilizantes.

Roberto Campos, ao percorrer o Estado em suas três campanhas eleitorais, concluiu que Friburgo poderia ser um polo industrial de alta tecnologia, com fruticultura moderna e plantel de gado Angus e Hereford. Já naquela época havia mão de obra qualificada, clima, povo com boa formação cultural.

O turismo hoje tem alto padrão na região serrana, no Vale do Café e no litoral, atendendo a um público diversificado. Talvez falte uma central que une governo e setor privado numa agência, que pode aproveitar entidades existentes mas sem recursos, para a promoção de eventos, seminários, congressos nos meses de agosto e em outros de baixa estação.

A capital já tem atrativos mil e, mesmo com o drama da segurança pública, vem mostrando força como nos recentes feriados prolongados e espetáculos esportivos e musicais. O espírito carioca supera as dificuldades — que, ainda assim, precisam ser sanadas. Tem de vencer as forças políticas e ideológicas que, de certa maneira, estimulam a criminalidade na cidade quando não atacam iniciativas relevantes como a Tirolesa e o novo Jardim de Alah.

Este é o momento de um planejamento conjunto para aproveitar potencialidades a serem exploradas. Ate investir em parceria com empresas aéreas para a promoção do destino Rio. Gente competente nos lugares certos não custa muito.

 

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